Como evitar falhas na torre de resfriamento da sua usina

Alex Vedan

Atualizado em 08 ago. de 2025

Como evitar falhas na torre de resfriamento da sua usina

Como evitar falhas na torre de resfriamento da sua usina

A maioria das falhas em torres de resfriamento não começa com barulho, tranco ou fumaça, mas com um leve desbalanceamento na hélice. Ou uma vibração crescente no acoplamento. Ou até mesmo um rolamento desgastado que compromete o motor aos poucos, até que pare de vez. Tudo silencioso. Tudo invisível. 

Quando isso acontece, o impacto não fica restrito ao sistema térmico. Falhas na torre afetam diretamente o rendimento industrial da usina: travam o equilíbrio da fermentação, alteram o consumo energético, comprometem a troca de calor e colocam em risco a estabilidade de processos que não podem parar.

Mas essas falhas podem ser previstas. Não com inspeção visual, nem com planejamento baseado em tempo, mas existe um jeito. Elas exigem monitoramento contínuo, leitura de comportamento, resposta antecipada. Exigem visibilidade da falha antes da quebra.

Neste artigo, você verá como pode prevenir falhas nas suas torres de resfriamento com monitoramento inteligente e como a Tractian pode te ajudar nisso.

Torre de resfriamento: por que a falha aqui afeta toda a planta

Apesar de operar fora do eixo central da moagem, a torre de resfriamento sustenta boa parte da estabilidade térmica da planta industrial. Ela é responsável por garantir que o processo funcione dentro da faixa de temperatura ideal, desde a geração de vapor à fermentação, passando pela eficiência da troca de calor em múltiplos sistemas.

Quando há perda de desempenho na torre, os reflexos são imediatos e sistêmicos: aumento no consumo de energia, perda de rendimento no processo, oscilações de temperatura que comprometem etapas sensíveis da produção. E o mais crítico: essa falha costuma surgir sem aviso perceptível, evoluindo silenciosamente até travar o sistema.

A bomba segue funcionando, mas perde vazão. O motor do ventilador gira, mas começa a aquecer. A hélice gira desalinhada, aumentando a carga sobre o acoplamento. Esses são alguns dos sinais que não aparecem em uma preventiva comum e nem sempre são percebidos por técnicos experientes no dia a dia.

É justamente esse o diferencial do monitoramento baseado em condição (em inglês, condition-based monitoring, por isso a sigla: CbM). Porque o que falta na maioria das usinas não é tempo de manutenção, e sim a visibilidade sobre o que está prestes a falhar.

Sem isso, a torre vira uma incógnita: um ativo aparentemente estável, mas que pode parar a qualquer momento e arrastar junto todo o processo industrial.

Como o monitoramento de condição ajuda

Imagine que sua torre está funcionando, sem nenhum alerta visual ou ruído fora do normal. Mas de repente a vibração do motor subiu 30% nas últimas 72 horas e a temperatura do mancal já ultrapassou o limite ideal para operação contínua. 

A partir disso, a bomba vai apresentar picos de variação compatíveis com cavitação incipiente. Mas, enquanto tudo isso acontece silenciosamente, o sensor de monitoramento de condição já percebeu e já criou os alertas necessários para que a sua equipe de manutenção possa agir.

O sensor identifica a falha enquanto ainda está em estágio inicial, com base em comportamento, e não só em sintomas visíveis. 

Como esses sensores inteligentes são acoplados diretamente nos ativos da torre, a leitura é constante e o alerta é imediato, sempre. Isso é o que permite que times de manutenção atuem com contexto completo, tendência e criticidade definidos por algoritmos de análise de falha.

Saber se algo vai falhar na torre de resfriamento, você já sabe. Vai. Mas o monitoramento de condição permite que você identifique quando, por que e em que ativo agir primeiro. E é justamente essa previsibilidade que permite que indústrias no Brasil e no mundo saíam da manutenção reativa e construam uma estratégia mais segura e confiável.

Como o monitoramento de condição ajuda

Monitoramento de condição da Tractian

Detectar uma falha em estágio inicial é só o começo. O diferencial da Tractian está em como essa informação se transforma em decisão: com alertas inteligentes, análise contextual e integração fluida com a rotina técnica.

Nosso sistema de monitoramento de condição foi desenvolvido para operar em ambientes industriais severos, como os das usinas sucroalcooleiras, onde ativos críticos — como motores, bombas, ventiladores e redutores — trabalham sob esforço constante, e onde uma falha silenciosa pode travar a operação em minutos.

O sensor da Tractian acompanha vibração, temperatura e hora-máquina em tempo real, detectando qualquer variação fora do padrão esperado. Mas ele vai além do dado. Ele contextualiza o comportamento do ativo, identifica padrões compatíveis com falhas específicas e prioriza os alertas com base em criticidade e tendência de evolução. 

Assim, a sua equipe técnica pode focar no que realmente precisa de ação.

Além disso, com inteligência embarcada, a solução oferece funcionalidades exclusivas que aumentam o impacto da preditiva na prática:

  • Alertas automatizados e explicados, com base em IA treinada especificamente para contexto industrial;
  • Diagnóstico assistido, que sugere o provável modo de falha e orienta a investigação técnica;
  • Histórico de comportamento, permitindo avaliar a evolução do ativo em diferentes ciclos de operação;
  • Sensores industriais, sem necessidade de rede Wi-Fi ou infraestrutura de TI local, com conectividade própria;
  • Instalação simples, sem parar o equipamento, e ativação imediata da leitura;
  • Cobertura de ponta a ponta, desde o ventilador da torre até a bomba de recirculação.

Com isso, o monitoramento preditivo deixa de ser apenas uma promessa e passa a atuar como parte ativa da estratégia de confiabilidade da planta, com dados reais, processados com inteligência, e entregues no momento certo.

Tabela — IoT/Preditiva: Funcionalidade x Entrega
Funcionalidade O que entrega na prática
Leitura contínua de vibração e temperatura Identificação precoce de falhas em motores, bombas, redutores e acoplamentos
Alertas automáticos com criticidade Intervenções direcionadas com base em risco real, evitando paradas inesperadas
Diagnóstico assistido por IA Entendimento técnico sobre a origem da falha e apoio na tomada de decisão
Histórico técnico completo do ativo Visibilidade sobre a evolução da condição de cada equipamento ao longo da safra e entressafra
Sensor autônomo, sem rede local Instalação rápida e operação em áreas externas ou de difícil acesso, como torres de resfriamento
Integração fluida com o fluxo de manutenção Alerta vira OS, e a preditiva entra no dia a dia do PCM sem fricção ou retrabalho

Como integrar o CbM à estratégia da sua usina

Em usinas sucroalcooleiras, o sucesso da manutenção depende de duas frentes claras: organização na entressafra e resposta rápida durante a safra. O sensor de CbM entra exatamente nesses dois momentos como uma ferramenta de previsibilidade no planejamento e como suporte técnico na tomada de decisão em tempo real.

A integração começa pela escolha dos ativos. Na torre de resfriamento, três pontos devem ser priorizados:

  • Motor do ventilador, sujeito a desbalanceamento e falhas por sobrecarga;
  • Bomba de recirculação, que opera com alto risco de cavitação e desgaste de selagem;
  • Motorredutor da hélice, muitas vezes instalado em locais de difícil acesso e com histórico limitado de inspeção.

Com os sensores instalados, a equipe de PCM passa a receber alertas automáticos, com indicação da falha provável (desalinhamento, rolamento danificado, temperatura fora do padrão) e nível de criticidade. Esse alerta pode ser transformado imediatamente em uma OS, direcionando a intervenção de forma mais rápida, precisa e segura.

Na prática, isso impacta diretamente três frentes do dia a dia industrial:

  1. Durante a entressafra: O histórico técnico fornecido pelos sensores ajuda a validar se o plano de manutenção está atacando as falhas certas. Em vez de trocar componentes por tempo de uso ou "precaução", a decisão é feita com base em tendência real, reduzindo custo e aumentando eficiência.
  2. Durante a safra: Quando o ativo começa a apresentar desvio, o alerta chega antes da quebra. Isso permite agendar paradas técnicas com mínimo impacto na moagem, ou intervir com manutenção sob condição, sem precisar parar toda a planta.
  3. No acompanhamento diário do PCM: O sistema mostra quais ativos estão mais críticos, qual o comportamento nas últimas 24h e onde estão os principais riscos futuros. O técnico não precisa mais investigar, ele atua com base em evidência, e prioriza com confiança.

A lógica é simples: o sensor monitora, a inteligência interpreta, e a manutenção executa com foco — isso com impacto direto na confiabilidade da torre e, por consequência, da usina como um todo.

A Tractian te ajuda a evitar falhas na torre

A torre de resfriamento não falha por acaso, mas porque trabalha sob esforço contínuo, com ativos rotativos expostos, muitas vezes sem visibilidade real do que está acontecendo internamente. O problema é que, quando ela para, o impacto não fica isolado: ele se espalha por toda a planta, travando rendimento, eficiência térmica e estabilidade do processo.

É exatamente esse risco que o monitoramento de condição da Tractian elimina.

Com sensores industriais de fácil instalação e análise contínua de vibração e temperatura, sua usina passa a enxergar a falha no momento certo: antes que ela afete o processo, antes que exija parada, antes que custe caro demais. 

A tecnologia interpreta o comportamento do ativo, gera alertas automáticos com criticidade e entrega ao time técnico o que ele mais precisa: clareza.

O sensor aponta o que vai falhar, por que vai falhar e quando agir, sempre com base em dados reais e seguindo a prioridade dos seus ativos críticos.

Se a sua torre de resfriamento ainda opera sem monitoramento contínuo, o risco já está acumulando custo. Para evitar isso, você precisa de uma tecnologia que não só previna essas falhas, mas que te ajude a ter uma tomada de decisão mais ágil e precisa.

Quer testar na sua planta? Conheça o monitoramento de condição da Tractian e previna falhas na sua torre de resfriamento.

Alex Vedan
Alex Vedan

Diretor

Como Diretor de Marketing da Tractian, Alex Vedan conecta inovação à estratégia, alinhando a empresa às demandas reais da indústria. Com formação em Design Industrial pela UNESP e especialização em tecnologia de fabricação, lidera iniciativas que destacam o impacto das soluções Tractian no mercado.

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