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Como liderar equipes de manutenção de forma eficaz?

Tempo de leitura: 5 min

O setor de manutenção engloba muito mais do que apenas a atividade de manutenção de máquinas e equipamentos. Tal setor também possui as funções de analisar e agir de forma estratégica, buscando um maior desempenho e otimização para a empresa. Dessa forma, tendo uma grande relevância para a indústria, é de suma importância avaliar os papéis de um líder desse setor.

Para entendermos como funciona o papel de um líder na manutenção, primeiro devemos analisar as formas de lideranças que podem ser aderidas, sendo elas:

Liderança Autocrática: É caracterizada por gestão e controle individual sobre todas as decisões a serem realizadas pelo setor, com a mínima opinião dos membros da equipe.

Na manutenção: Tal forma de liderança gera tensões e desmotivação para a equipe, interferindo diretamente na eficiência da produção. Seguindo apenas a ideia do líder, muitos erros e falhas potenciais podem passar despercebidos através de um único ponto de vista, além de se tornar uma liderança estagnada, sem melhorias para a área. Muitas vezes os membros das equipes querem adicionar novas ferramentas e ideias para a rotina de manutenção mas são impedidos pelo líder.

Liderança Democrática: É caracterizada pela participação e opinião dos liderados no processo de decisão. Os líderes dessa categoria orientam a equipe na realização das atividades, porém as decisões são tomadas em conjunto a fim de compartilhar conhecimento e reduzir erros.Na manutenção: Tal forma de liderança demonstra maior envolvimento e preocupação com um melhor resultado de toda a equipe, contribuindo para maior eficiência do setor. É comum encontrar um PCM (Planejamento e Controle de Manutenção) muito forte nesse tipo de liderança. Tendo participação de todos os membros, torna-se mais fácil a percepção de erros ocasionais e gera-se ideias para manter as atividade sempre atualizadas.

Liderança Liberal: É caracterizada pela participação mínima do líder, com liberdade total em decisões grupais ou individuais. Os líderes dessa categoria não avaliam ou regulam as atividades.

Na manutenção: Tal liderança apresenta comprometimento e envolvimento da equipe reduzidos, afetando assim a eficiência da manutenção. Ao seguirem pensamentos distintos na forma de abordar a manutenção como um todo criam-se brechas para possíveis erros, além de conflitos de prazos serem gerados entre diferentes membros da equipe. O setor de manutenção se torna um verdadeiro caos.

É interessante observar que nas lideranças autocráticas e liberais geralmente encontramos uma dinâmica de “apagar incêndios” estressante para as equipes de manutenção dentro da indústria. Dessa forma, torna-se evidente para nós que a forma mais eficiente de liderança seria a democrática, visando sempre a máxima eficiência no setor e proatividade nas ações.

Após caracterizar a forma de liderança, é importante também descrever o papel do líder. O setor de manutenção possui grande relação com as demais áreas da empresa, em especial o setor de produção e administração. Tendo isso em vista, é importante que o líder tenha uma boa comunicação com essas áreas, além de habilidades com gerenciamento de custos.

Um líder do setor de manutenção deve estar apto para lidar com situações que vão de aspectos técnicos dos mais básicos aos mais complexos, além de tarefas de outros departamentos, como supervisão de terceiros, negociação com fornecedores de peças, treinamento da equipe, entre outros. Além disso, o líder deve saber lidar com os custos do departamento e estar preparado para tomar decisões rápidas e concisas.

É importante ressaltar também que a manutenção de ativos deve cumprir uma série de exigências e atender aos requisitos de normas diante a um organismo certificador. O líder tem o dever de  analisar e seguir todos esses requisitos no setor de manutenção, entre eles podemos citar os requisitos de qualidade em relação às normas ISO 9000:

  • Manter controle rígido nos itens dos equipamentos que influenciam diretamente as características de segurança do produto;
  • Definir precisamente a prática de manutenção de um dispositivo;
  • Controlar rigidamente as especificações dos componentes do dispositivo;
  • Documentar detalhadamente e precisamente todas as atividades realizadas;
  • Controlar rigidamente os tempos e os custos no trabalho de manutenção;
  • Envolver todo o pessoal nos processos de análise de resultados e aplicações das melhorias sugeridas pelo corpo técnico do departamento.

Além de tais requisitos, entende-se que o setor de manutenção, e, principalmente o líder deve ter envolvimento com o setor administrativo. Ou seja, é também função do líder gerar ordens de serviço,  relatórios de atividades e indicadores, gerenciamento de estoque de peças, controle estatístico do trabalho, bem como outras atividades.

Em relação à idade, é importante ressaltar que, ao passo em que o profissional adquire mais experiência nos equipamentos que trabalha, às vezes ele tende a desenvolver alguns vícios que não agregam na produção, seguindo uma rotina estagnada. Então, analisando assim, não tem uma idade adequada, pois o líder deve possuir conhecimento mas também não deve se acomodar seguindo as mesmas rotinas e vícios.

A fim de buscarem sempre uma melhor eficiência do setor, é importante também que os líderes busquem sempre se adaptar e seguir novas tendências como a manutenção preditiva, aumentando a confiabilidade dos seus ativos através de novas tecnologias para ajudar no monitoramento dos dados e manutenção. Dessa forma, a produção se torna mais eficiente e com menos riscos. Se quiser saber mais sobre manutenção preditiva, entre em contato com um dos especialistas da Tractian e saiba quais tecnologias você pode adicionar à sua instalação.

Por fim, o técnico deve saber seguir um padrão de liderança de 4 passos, sendo eles: determinar, persuadir, compartilhar e delegar. Afinal, para liderar e influenciar positivamente as pessoas, o profissional deve saber também adotar estilos individuais de liderança de acordo com a maturidade da equipe, visando sempre a maior eficiência da produção e lucratividade da empresa.

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Sobre o autor:

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Alex Vedan

Especialista em Design Industrial e Projeto de Produto com ênfase em tecnologia de fabricação digital pela UNESP, com mais de uma década em desenvolvimento de conteúdo. É Sócio e Diretor de Marketing e Comunicação na TRACTIAN.

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