Na indústria automotiva, basta uma tarefa de manutenção não executada para interromper uma linha inteira de produção. E quando isso acontece, o problema vai muito além de um ajuste no cronograma: há risco de perder janelas de entrega, comprometer contratos com fornecedores, atrasar lançamentos e gerar prejuízos milionários.
É um setor em que a margem de erro é mínima, a disponibilidade dos ativos é inegociável e até as ordens de serviço mais rotineiras precisam ser cumpridas com precisão absoluta.
Por isso, cada vez mais fabricantes estão deixando de lado planilhas e sistemas EAMs ultrapassados, adotando plataformas CMMS desenvolvidas especificamente para a realidade automotiva. O problema é que nem todo software está preparado para esse desafio.
Muitas soluções prometem controle e visibilidade, mas não entregam o que a operação precisa no chão de fábrica: coordenação em tempo real, programação multiturno, procedimentos padronizados e rastreabilidade total em ambientes com alto volume e ritmo acelerado.
Este guia te apresenta as 3 plataformas de CMMS que realmente podem fazer a diferença na sua operação.
O que Torna a Manutenção Automotiva Diferente
Na indústria automotiva, quando um equipamento para, ele não para sozinho. Ele compromete o takt time, atrasa entregas e desencadeia uma reação em cadeia que coloca em risco todo o plano de produção. Esse é o grande desafio desse setor.
A manutenção, nesse contexto, não serve só para manter o funcionamento dos ativos. Ela protege o fluxo de produção, controla variabilidades e mantém o equilíbrio da linha em cada etapa, começando na funilaria e na pintura, e indo até a montagem e o acabamento final.
E tudo isso sob uma pressão constante: manter a produtividade em alta mesmo ao seguir um cronograma rigoroso. Ou seja, a equipe de manutenção não pode apenas "consertar falhas". Ela precisa estar sincronizada com o ritmo da fábrica, garantindo que células de automação, transportadores, robôs de solda, prensas e centenas de ativos de apoio operem de forma integrada.
Qualquer atraso, mesmo que mínimo, pode gerar um gargalo. Uma manutenção preventiva esquecida pode rapidamente se transformar em um embarque perdido.
Esse nível de complexidade exige mais do que um CMMS comum. É preciso contar com uma solução funcional, com consciência operacional, que entenda quais são os ativos críticos, aplique padrões com consistência e entregue feedback em tempo real para planejadores e técnicos.
A visibilidade precisa ser imediata. Os diagnósticos, precisos. E os procedimentos operacionais padrão (SOPs), aplicáveis e seguidos à risca pela equipe.
Dito isso, a pergunta é: dentro deste cenário, o que a sua planta deve buscar em um CMMS?
Qual é o CMMS Ideal Para Plantas Automotivas?
Fábricas automotivas operam como sistemas cronometrados ao extremo, onde cada tarefa, máquina e técnico precisa trabalhar em total sincronia.
Nesse cenário, o CMMS precisa ser mais do que um sistema de controle: ele deve funcionar como uma plataforma de execução, conectando o planejamento à execução no chão de fábrica, aplicando procedimentos padronizados, apoiando a equipe técnica em tempo real e garantindo visibilidade total do que está sendo feito e também do que está saindo do planejado.
Mas nem todo CMMS foi projetado para isso.
Antes de entrarmos nos critérios principais, é importante fazer uma distinção: as plataformas avaliadas aqui não são sistemas genéricos de tarefas e nem ferramentas voltadas para gestão predial. Cada uma atende a quatro pré-requisitos inegociáveis:
- Permitir gestão centralizada de múltiplas unidades com padronização de SOPs e acompanhamento de performance;
- Atuar em tempo real, diretamente na linha de produção, e não apenas no fechamento do turno;
- Integrar com MES, SCADA ou ERP sem necessidade de conciliação manual;
- Suportar operações com alta cadência, uso intensivo de ferramentas e exigência regulatória elevada, com fluidez.
Se a plataforma não cumpre esses critérios, não está nesta lista porque não atende à realidade operacional do setor automotivo.
Além desses pontos essenciais, veja o que você deve considerar ao escolher um CMMS para sua planta:
✅Gestão de Ordens de Serviço Voltada para o Chão de Fábrica: Seja uma chave de torque, um calibrador ou uma peça específica da máquina, o sistema precisa mostrar o que está disponível, e onde está, antes da execução começar. As ordens de serviço devem ser vinculadas automaticamente aos materiais e ferramentas necessárias, reduzindo atrasos e eliminando adivinhações.
✅Tarefas com SOPs Embutidos: De calibração de torque a trocas de moldes e alinhamento de transportadores, cada etapa deve seguir um checklist estruturado dentro da OS. Em ambientes regulados ou com alta variabilidade, essa estrutura garante padronização, reduz falhas e transforma conhecimento tácito em procedimento documentado.
✅Controle de Estoque e Ferramentas Sem Papelada: Sistema de peças desconectado gera tempo ocioso. O CMMS ideal acessa o estoque em tempo real, vinculando ferramentas e peças às ordens de serviço. Assim, o técnico já sabe o que precisa e onde encontrar antes mesmo de sair para a tarefa.
✅Visibilidade de Backlog e KPIs em Tempo Real: Relatórios mensais não servem para quem trabalha com ciclos curtos e metas de OEE. Você precisa de dashboards vivos que mostrem carga de trabalho, tarefas em atraso e riscos de parada, em todas as linhas ou plantas. Dê preferência a sistemas que exponham MTBF, MTTR e status de execução sem precisar exportar planilhas.
✅Manutenção Preditiva que Gera Ação: Alertas só têm valor se levam a uma ação prática. Priorize plataformas que conectem anomalias a ordens de serviço, necessidades de peças e planejamento de recursos. Assim, sua equipe atua com antecedência e não só com agilidade reativa.
✅Conformidade Pronta para Auditoria: Na indústria automotiva, as exigências regulatórias são bem rígidas. O CMMS precisa registrar tudo automaticamente: com carimbo de data, técnico responsável e exportação pronta. Se você ainda precisa “se preparar” para uma auditoria, o sistema já está atrasado.
✅Supervisão Unificada de Operações em Múltiplas Unidades: Se você gerencia cinco linhas ou cinco plantas, o sistema precisa entregar uma visão única da operação. SOPs padronizados, comparação de performance entre unidades e produtividade por técnico, tudo em um só ambiente. Nada de usar ferramentas paralelas para entender como cada planta está performando.

Dito isso, veja abaixo quais são os 3 melhores CMMS para a sua indústria automotiva em 2025:
1. Tractian
Melhor opção para equipes automotivas que precisam de coordenação em tempo real, rastreabilidade total dos ativos e execução com responsabilidade técnica.
O CMMS da Tractian não é um sistema legado adaptado ao chão de fábrica já que cada funcionalidade foi pensada para a rotina dos técnicos, com foco em facilidade de uso, execução padronizada e visibilidade instantânea para gestores e planejadores.
Nada de fluxos engessados ou interfaces complicadas. A plataforma entrega um ambiente único, onde ordens de serviço, procedimentos operacionais, indicadores e dados dos ativos trabalham em sincronia, com fácil acesso e usabilidade direta.
Ela captura os procedimentos técnicos, o conhecimento tácito da equipe e os padrões de diagnóstico, transformando tudo isso em SOPs estruturados, fáceis de seguir. Esses procedimentos ficam embutidos nas ordens de serviço, seja na verificação de torque de uma célula crítica de fixação ou na inspeção de um robô de solda de alta cadência.
Além disso, nenhum outro CMMS dessa lista combina SOPs aplicáveis, execução offline e suporte à conformidade regulatória em um único fluxo pensado para o técnico.
Destaques da plataforma:
- Desenvolvida com foco mobile e acesso offline, garantindo continuidade entre turnos;
- SOPs gerados por IA integrados às tarefas, assegurando padronização e conformidade;
- KPIs ao vivo por linha e por turno, fortalecendo o controle da produção e o acompanhamento direto na operação (Gemba);
- Transforma conhecimento de campo em padrão treinável, acelerando onboarding e reciclagem;
- Suporte a operações com múltiplas plantas, unindo padronização global com controle local.
O que os clientes dizem:
- “”
2. IBM Maximo Application Suite
Melhor para empresas lideradas por times de TI, com foco em integração e controle corporativo, mas menos indicado para equipes de manutenção que precisam de agilidade, clareza e adesão no chão de fábrica.
O Maximo costuma ser apresentado como uma solução EAM completa, adaptável a qualquer cenário. Mas, na prática, é uma plataforma complexa, pesada e pensada com base em arquitetura de sistemas, e não na execução direta dos técnicos de manutenção.
Em operações automotivas, que trabalham com janelas de produção apertadas, pressão constante e equipes em rotação, o Maximo exige um nível de customização e suporte interno que muitas equipes simplesmente não têm.
Sim, ele se integra com sistemas MES, SCADA e ERPs como SAP. Mas essa integração demanda tempo, orçamento e apoio técnico especializado. O sistema até suporta fluxos de ordens de serviço, estruturação de SOPs e rastreabilidade de ativos, mas apenas após um processo de implantação extenso.
Logo de início, ele não entrega usabilidade mobile nem fluidez operacional para equipes que precisam agir com rapidez e ainda seguir padrões de conformidade.
Destaques da plataforma:
- Estrutura altamente customizável para registros de ativos e fluxos de tarefas;
- Compatibilidade nativa com sistemas corporativos como SAP, Oracle e ERPs sob medida;
- Governança de dados centralizada com fortes controles de acesso, permissões e auditorias.
3. SAP Plant Maintenance (SAP PM)
Melhor para empresas já integradas ao ecossistema SAP, que buscam rastreamento centralizado de ativos e controle corporativo via ERP, e não necessariamente agilidade na execução.
O SAP PM foi desenvolvido com foco em padronização administrativa, conectando tarefas de manutenção a centros de custo, processos de compras e relatórios financeiros. Pode ser útil para gerenciar ativos em redes globais, integrando ordens de serviço à estrutura operacional da empresa, mas, na prática, fica devendo no chão de fábrica.
Isso porque a interface não foi projetada para velocidade nem para usabilidade. Técnicos raramente acessam o sistema diretamente. Em vez disso, preferem repassar informações a planejadores ou registrar depois, o que compromete a visibilidade em tempo real. Recursos como aplicação de SOPs, mobilidade e rastreabilidade por tarefa exigem customizações ou complementos pagos.
Até mesmo ações simples, como encerrar uma atividade com uma foto ou comentário, acabam limitadas por processos excessivamente rígidos.
Destaques da plataforma:
- Integração profunda com módulos SAP, como MM (Gestão de Materiais), QM (Qualidade) e FI/CO (Financeiro e Controladoria);
- Rastreabilidade completa e documentação de ciclo de vida dos ativos;
- Controle centralizado de dados mestres e histórico de ordens de serviço;
- Potencial de padronização global para governança em grandes corporações.
4. Infor EAM (atualmente Hexagon EAM)
Mais comum em grupos industriais consolidados, com forte governança e foco em rastreabilidade de ativos, mas menos indicado para times que precisam de execução rápida e mobilidade.
O Infor EAM é uma solução tradicional de gestão de ativos, usada no Brasil por empresas que priorizam rastreabilidade, governança e gestão de ciclo de vida dos ativos. Seu modelo modular e altamente configurável permite personalizar fluxos, campos e integrações de forma profunda.
Mas essa flexibilidade vem com um preço: alto tempo de implantação, complexidade técnica e pouca fluidez para o dia a dia no chão de fábrica.
Embora o sistema tenha suporte a ordens de serviço, planejamento de manutenção e integração com ERPs, ele não foi projetado para execução direta pelos técnicos, o que dificulta a adoção em ambientes com alta rotatividade ou ritmo acelerado, como é o caso da indústria automotiva.
Destaques da plataforma:
- Alta capacidade de personalização e integração com sistemas legados;
- Estrutura robusta para controle de ativos, com foco em rastreabilidade e auditoria;
- Utilizado por grandes corporações que priorizam conformidade e gestão patrimonial de longo prazo.
Comparativo de Plataformas de CMMS Para a Indústria Automotiva
Plataforma | Melhor Para | Destaques | Considerações |
---|---|---|---|
Tractian | Equipes que precisam de execução em tempo real, responsabilidade técnica e aplicação de SOPs diretamente no chão de fábrica | SOPs gerados por IA integrados às tarefas; pronta para integração com MES, ERP e IoT; fácil implantação; suporte e treinamento direto do fornecedor; escalabilidade; foco mobile com modo offline; visibilidade ao vivo de MTTR/backlog; execução estruturada das ordens de serviço | Pode oferecer mais recursos do que o necessário para equipes que ainda operam com papel ou planilhas |
IBM Maximo | Plantas industriais com times de TI dedicados, que priorizam controle de sistema e integração corporativa, mesmo com implantação lenta | Fluxos altamente customizáveis; integração profunda com ERP/MES; controle detalhado sobre histórico de ativos e dados de conformidade | Requer suporte interno para configurar; não é focado em usabilidade mobile; adoção operacional depende de customizações |
SAP PM | Empresas que já utilizam o ecossistema SAP e precisam de rastreabilidade centralizada de ativos e conformidade corporativa, mas não têm foco em execução rápida ou mobilidade | Integração nativa com módulos do SAP (MM, QM, FI/CO); forte rastreabilidade para auditorias; governança de dados robusta para operações centralizadas | Não foi projetado para execução técnica no chão de fábrica; uso mobile e aplicação de SOPs exigem complementos de terceiros ou customizações pesadas |
Infor EAM | Empresas industriais com alta maturidade em gestão de ativos, que priorizam rastreabilidade, compliance regulatório e personalização de fluxos | Estrutura modular e altamente configurável; rastreabilidade detalhada de ativos e histórico de manutenção; forte capacidade de integração com ERPs legados | Implantação longa e complexa; baixa usabilidade para técnicos; pouco aderente à realidade de manutenção com alta rotatividade ou ritmo acelerado, como no setor automotivo |
Por que a Maioria dos CMMS Não Funciona na Indústria Automotiva
No papel, quase todo CMMS promete facilitar a manutenção, reduzir o tempo de máquina parada e melhorar a visibilidade da operação. Mas quando a fábrica está operando no limite, o cronograma é apertado e cada tarefa faz diferença, a maioria dessas plataformas falha, principalmente em ambientes automotivos.
O problema não está nas funcionalidades, mas na execução.
Muitos desses sistemas foram criados para gestão predial ou adaptados de softwares corporativos. Eles registram ordens de serviço, mas não guiam a execução. Exibem dados dos ativos, mas os escondem atrás de menus e janelas complexas. Dizem apoiar conformidade, mas deixam nas mãos do usuário toda a responsabilidade por estrutura, padrão e rastreabilidade.
Na manutenção automotiva, essa desconexão aparece rápido com checklists ignorados, históricos incompletos e atrasos que viram paradas.
A Tractian é diferente porque foi construída da mesma forma que a operação automotiva: com ritmo acelerado, trabalho em equipe e foco total na execução. O sistema não só coleta dados, ele aplica padrões, estrutura conhecimento técnico e entrega à equipe a visibilidade necessária para agir com precisão.
De apontamentos via app (com ou sem internet), passando por indicadores em tempo real e aplicação de SOPs integrados às tarefas, o CMMS da Tractian vai além do controle, ele eleva o nível da manutenção.
Checklist para Avaliação de CMMS
Escolher o CMMS ideal para uma operação automotiva vai muito além de marcar itens em uma lista de funcionalidades. É entender se o sistema consegue acompanhar o ritmo, a estrutura e os riscos da sua planta.
Use esse checklist para avaliar seu sistema atual ou analisar novas opções antes de investir tempo e orçamento em uma implementação:
Categoria | Cobertura do CMMS da Tractian |
---|---|
Execução pelos Técnicos | ✔ Foco mobile, com suporte offline e apontamentos rápidos |
Aplicação de SOPs | ✔ SOPs gerados por IA, aplicados diretamente nas tarefas |
Visibilidade da Carga de Trabalho | ✔ Backlog, atrasos e demandas visíveis em tempo real |
Priorização e Programação de Tarefas | ✔ Programação visual com base na criticidade dos ativos |
Integração com Ferramentas e Estoque | ✔ Ferramentas e peças vinculadas automaticamente à OS |
Indicadores ao Vivo e Análise de Causa Raiz | ✔ MTTR, MTBF, falhas e tendências com insights automáticos |
Coordenação entre Múltiplas Unidades | ✔ Aplicação global de SOPs, visão por planta e rápida escalabilidade |
Rastreabilidade e Prontidão para Auditorias | ✔ Registro completo de tarefas, com hora, técnico e exportação pronta |
Escolha um CMMS que Acompanhe o Ritmo da Sua Operação
Você sabe que a manutenção automotiva é a base da performance da linha. Quando uma tarefa falha, não é só uma questão de manutenção, é um risco de produção, uma possível não conformidade e um takt time comprometido.
Mesmo assim, muitos CMMS ainda forçam as equipes a se adaptarem ao sistema, em vez de permitir que o trabalho flua através dele.
O que você precisa é de uma plataforma que impulsione a execução, elimine pontos cegos no backlog e ofereça controle real sobre o que está funcionando e também sobre o que está prestes a falhar.
É aí que o CMMS da Tractian se diferencia. Não é uma adaptação mobile, não é um sistema de escritório reaproveitado. Ele foi projetado direto para o chão de fábrica.
Então, se você estiver cansado de descobrir o problema só depois que a linha para de funcionar, a nossa plataforma pode ser a opção perfeita, com rastreabilidade integrada, diagnóstico de falhas e monitoramento ao vivo do backlog.