Asset Performance Management: Guia Completo Sobre Gestão de Desempenho de Ativos

A solução para manter os ativos industriais funcionando de maneira eficiente e sem interrupções existe: o Asset Performance Management (APM). 

Esse conceito vai além das práticas convencionais de manutenção e se propõe a transformar a gestão de ativos em um pilar estratégico de eficiência, segurança e economia.

Ao conectar sensores inteligentes, IoT e inteligência artificial em uma plataforma de monitoramento contínuo e análise preditiva, o APM fornece uma visão em tempo real do estado de cada equipamento.

Com essa abordagem, empresas de setores como manufatura, energia e infraestrutura têm conseguido reduzir custos, aumentar a confiabilidade dos equipamentos e prolongar sua vida útil. 

Então, que tal entender melhor sobre esse conceito, seus benefícios, principais, etapas e desafios?

O que é Asset Performance Management?

Asset Performance Management, ou Gestão de Desempenho de Ativos, é uma abordagem estratégica voltada para o monitoramento, análise e melhoria contínua do desempenho dos ativos industriais. 

O APM busca maximizar a confiabilidade e a disponibilidade dos equipamentos, prolongando sua vida útil e reduzindo custos com manutenções corretivas e emergenciais. 

Diferente das abordagens tradicionais, que apenas mantêm os ativos funcionando, ela utiliza tecnologias como IoT, Inteligência Artificial (IA) e análise de Big Data para obter insights preditivos e aprimorar a tomada de decisão.

No cenário industrial, é bem importante distinguir APM de Gestão do Ciclo de Vida dos Ativos (ALM). 

Essa última abrange todas as fases do ativo, desde a aquisição até a desativação, enquanto o Asset Performance Management se concentra na otimização durante a vida útil.

Por que o Asset Performance Management é importante?

A APM se destaca por trazer benefícios concretos que impactam diretamente os resultados financeiros e operacionais das empresas. 

As empresas conseguem minimizar falhas e ampliar o ciclo de vida dos ativos, o que resulta em benefícios como:

  • Redução de Custos e Aumento da Eficiência Operacional: com a capacidade de prever falhas e realizar manutenções preditivas, o APM reduz a necessidade de reparos emergenciais, que costumam ser mais caros e complexos. Como efeito, aumenta-se a eficiência operacional e o controle de despesas. Com as soluções TRACTIAN, por exemplo, é possível conquistar até 30% de redução nos custos;
  • Minimização de Falhas e Aumento da Confiabilidade: a análise contínua dos ativos permite identificar anomalias antes que elas evoluam para falhas. Esse monitoramento garante que os ativos funcionem de maneira otimizada e reduz a necessidade de paradas não programadas, aumentando a confiabilidade das operações;
  • Impacto Financeiro Positivo: o APM resulta em ativos com maior disponibilidade e confiabilidade, o que afeta positivamente a lucratividade e a competitividade da empresa. Os custos operacionais acontecem ao mesmo tempo, em que se melhora a capacidade de produção.

Principais Componentes e Funcionalidades da APM

As funcionalidades mais importantes em um APM: monitoramento de condição, manutenção preditiva e análise de riscos
Funcionalidades mais importantes no Asset Performance Management

Um sistema de APM bem estruturado integra tecnologias e práticas que otimizam a manutenção e o desempenho dos ativos. Para isso, ele precisa, em primeiro lugar, do monitoramento da condição dos ativos.

Esse componente é essencial para coletar dados em tempo real sobre o estado dos ativos. Utilizando sensores IoT instalados em pontos estratégicos, as empresas conseguem monitorar parâmetros como vibração, temperatura, pressão e consumo de energia. 

A partir desses dados, é possível identificar desvios de comportamento e tomar ações preventivas.

Com a análise de dados históricos e em tempo real, essa abordagem permite prever problemas antes que eles ocorram. 

A manutenção preditiva utiliza algoritmos de machine learning para identificar padrões de falha e, assim, programar manutenções antes que o ativo entre em colapso. 

Ela, por sua vez, mantém os ativos em condições ideais de funcionamento com base em intervalos planejados.

A APM também incorpora uma análise de riscos e classificação de ativos e é isso que faz com que as empresas priorizem os ativos críticos e identifiquem aqueles que exigem monitoramento intensivo. 

Isso facilita, por exemplo, a alocação de recursos e evita gastos desnecessários em ativos de menor impacto.

Etapas para Implementação da Gestão de Desempenho de Ativos

Um sistema de Asset Performance Management eficiente exige uma abordagem cuidadosa e estruturada, que passa por etapas essenciais para garantir a otimização do desempenho e a longevidade dos ativos. 

Vamos entender melhor isso!

Identificação de Ativos Críticos

O primeiro passo na implementação é identificar quais ativos da empresa exercem maior impacto nas operações, custos e resultados. 

A seleção cuidadosa dos ativos críticos, ou seja, aqueles cuja falha geraria perdas significativas, permite que a empresa direcione seus esforços de monitoramento para onde trará o máximo de benefícios. 

Para isso, é importante considerar critérios como:

  • Impacto na Produção: ativos que desempenham funções essenciais e, se falharem, podem causar interrupções significativas na produção;
  • Custos de Manutenção e Substituição: equipamentos com alto custo de manutenção ou que são difíceis de substituir devem ser priorizados
  • Frequência de Falhas Anteriores: histórico de falhas e paradas indica quais ativos podem demandar monitoramento constante.

Na prática, setores como o de energia, manufatura e infraestrutura podem aplicar esses critérios para definir uma lista de ativos prioritários, o que alinha as decisões ao impacto financeiro e operacional esperado. 

Esse mapeamento inicial também facilita o planejamento da estrutura de monitoramento que será adotada e faz com que os sensores e softwares de APM sejam aplicados de forma eficiente.

Implementação de Software APM

A escolha do software APM é um passo fundamental, já que a plataforma atuará como o “cérebro” da operação. Nesse sentido, vai centralizar os dados de sensores e gerar insights acionáveis. 

Um bom Asset Performance Management Software deve ser capaz de integrar dados de múltiplos sensores IoT, realizar análises preditivas e oferecer visualizações intuitivas que permitam o monitoramento e a tomada de decisões em tempo real.

Exemplos de sistemas para esse contexto incluem:

  • Monitoramento Online
  • Gestão de Ativos
  • Gestão de Energia

Entenda cada um:

Um APM é composto de: monitoramento online, gestão de ativos e gestão de energia
Sistemas que se enquadram em um APM - Gestão de Desempenho de Ativos

A integração dessas plataformas permite à equipe de manutenção uma visão 360° do parque de equipamentos, o que viabiliza ações rápidas e bem fundamentadas.

Ao implementar o software, é recomendável realizar um período de testes para garantir que a instalação de sensores e a coleta de dados estejam funcionando conforme o planejado.

Análise de Dados e Melhorias Contínuas

A fase de análise de dados é onde a verdadeira potência dessa abordagem se revela. Com dados sendo coletados continuamente, a empresa ganha acesso a um histórico valioso que permite uma análise mais aprofundada de padrões e anomalias. 

Ferramentas de APM, como as da TRACTIAN, utilizam algoritmos de machine learning para identificar tendências nos dados de operação. 

Por exemplo, um aumento gradual na vibração pode indicar desgaste mecânico, ou seja, o ativo precisará de manutenção em breve.

A partir dos insights fornecidos pela análise de dados, a equipe de manutenção pode ajustar intervalos de inspeção, substituir componentes em tempos mais apropriados e até mesmo otimizar o uso de energia.

Implementação de módulos como FMEA (Failure Mode and Effects Analysis) e RCA (Root Cause Analysis) permite que a empresa resolva problemas e, mais do que isso, compreenda as causas das falhas. 

A análise contínua de dados também permite medir o sucesso do APM com base em KPIs relevantes, como o MTBF (Mean Time Between Failures) e a frequência de manutenção emergencial!

Benefícios da APM para Diferentes Indústrias

O mercado global de Gestão de Desempenho de Ativos está em expansão, com um valor estimado de US$ 3,07 bilhões em 2023 e projeção para atingir US$ 10,19 bilhões até 2032, crescendo a uma taxa composta de 14,4% (CAGR), segundo dados da Fortune Business Insights.

Esse crescimento reflete a adoção acelerada em várias indústrias, impulsionada justamente pelos benefícios em segurança, eficiência e redução de custos operacionais. 

Abaixo, exploramos alguns dos setores que mais se beneficiam disso e apresentamos exemplos práticos disso!

Benefícios de usar um APM em indústrias como Energia e Manufatura
Confira as vantagens de um APM para algumas indústrias

Energia

No setor de energia, essa é uma ferramenta crucial para garantir a continuidade do fornecimento e a segurança operacional de ativos críticos, como turbinas e geradores. 

A falha desses equipamentos pode resultar em perdas significativas de produtividade e impacto no fornecimento, além de altos custos de reparo. 

O APM permite o monitoramento contínuo desses ativos e isso previne falhas por meio de manutenção preditiva. 

Por exemplo, em uma planta de energia eólica, a implementação de APM possibilitou a detecção antecipada de vibrações anômalas nas turbinas, o que indicava desgaste prematuro dos rolamentos. 

Com a intervenção programada, foi possível evitar a substituição completa dos componentes. Resultado: economia de milhões em reparos e produção em operação contínua.

Manufatura

A indústria de manufatura é outra beneficiada pelo APM, que permite aumentar a produtividade, garantir a segurança dos trabalhadores e reduzir o custo com manutenção. 

Máquinas de alta precisão, como prensas e tornos, necessitam de monitoramento constante para evitar falhas que podem comprometer a produção. 

O Asset Performance Management possibilita a coleta e análise de dados em tempo real, o que ajuda a antecipar problemas e a programar intervenções antes que falhas aconteçam.

Imagine que uma fábrica automotiva adotou esse sistema em suas linhas de produção e instalou sensores de vibração e temperatura para monitorar prensas de estamparia. 

Com os dados gerados, a equipe de manutenção conseguiu antecipar desgastes e substituições necessárias, evitando paradas imprevistas. 

Em seis meses, a fábrica pode ter sido capaz de reduzir as interrupções em 15% e aumentou a eficiência da linha de produção em 10%.

Tendências e Tecnologias Inovadoras na Gestão de Desempenho de Ativos

A Gestão de Desempenho de Ativos evolui constantemente com o apoio de tecnologias inovadoras que tornam o monitoramento e a análise de dados mais eficientes e precisos. 

Entre as principais tendências estão:

  • Inteligência Artificial e Machine Learning: essas tecnologias analisam grandes volumes de dados, além de identificar padrões complexos e tendências que permitem prever falhas com maior precisão. Machine Learning, por exemplo, aprende com dados históricos de funcionamento dos ativos, o que oferece insights detalhados e acionáveis;
  • Internet das Coisas (IoT): a IoT, principalmente na indústria 4.0, conecta sensores a ativos industriais, coletando dados em tempo real, como temperatura, vibração e pressão. Esses dispositivos enriquecem a análise preditiva e possibilitam a criação de uma base de dados robusta que facilita o entendimento das condições dos ativos. 
  • Cloud Computing e Big Data: com a computação em nuvem, as empresas armazenam grandes volumes de dados e acessam informações de qualquer lugar. Isso facilita a análise colaborativa entre diferentes unidades ou plantas industriais. Já o Big Data permite o processamento de dados massivos, o que gera insights de alto valor para otimizar o desempenho dos ativos.

Como Medir o Sucesso de um Programa de APM?

KPIs importantes em um APM: MTBF, OEE e Frequência de Manutenção Emergencial
Os principais KPIs para sua estratégia APM

Para garantir que o APM esteja atingindo seus objetivos, é essencial monitorar indicadores-chave de desempenho que avaliem a eficiência e a confiabilidade do programa. 

O MTBF (Mean Time Between Failures), por exemplo, é o tempo médio entre falhas dos ativos, o que fornece uma visão da confiabilidade do equipamento. 

Um MTBF mais alto indica que os ativos estão operando por períodos mais longos sem falhas, ou seja, evidencia a efetividade do Asset Performance Management.

OEE (Overall Equipment Effectiveness) já é uma métrica que avalia a eficácia dos equipamentos e considera disponibilidade, desempenho e qualidade. 

Esse indicador permite identificar gargalos de produtividade e áreas para melhoria, o que garante que os ativos estejam operando em sua capacidade máxima.

A Frequência de Manutenção Emergencial também importa. A redução nela é um reflexo da eficiência das estratégias preditivas e preventivas de APM. Com menos emergências, a empresa reduz custos e aumenta a disponibilidade dos ativos.

Desafios e Boas Práticas da Gestão de Desempenho de Ativos

A implementação da Gestão de Desempenho de Ativos enfrenta desafios como a falta de dados históricos, dificuldade de integração entre sistemas e resistência cultural nas equipes. 

Para superar esses obstáculos, é essencial adotar boas práticas, como capacitar a equipe em novas tecnologias e boas metodologias, além de escolher KPIs que realmente reflitam o desempenho dos ativos. 

Além disso, a integração entre a Gestão de Desempenho de Ativos e sistemas de gestão, como ERP e CMMS, facilita o fluxo de informações e permite um controle mais abrangente. 

Essas práticas promovem uma cultura de melhoria contínua e maximizam os benefícios do APM.

Como a TRACTIAN Facilita a Implementação de um APM Eficiente na Indústria?

A TRACTIAN se destaca porque facilita a implementação de um sistema APM eficiente, proporcionando uma plataforma completa que alia sensores inteligentes, análise de falhas e centralização de dados para otimizar a gestão de ativos industriais. 

Seus sensores avançados monitoram variáveis críticas como vibração, temperatura e consumo de energia, com dados em tempo real, que permitem que as equipes de manutenção acompanhem o estado dos equipamentos continuamente. 

Esse monitoramento contínuo possibilita que previsões precisas sobre falhas e desgastes sejam feitas e isso, claro, evita paradas inesperadas.

Além disso, a TRACTIAN integra ferramentas indispensáveis, como o FMEA e RCA, que analisam as causas de falhas e documentam o histórico de cada ativo. 

Esses módulos auxiliam as equipes a entenderem os motivos das falhas e a implementar soluções preventivas que prolonguem a vida útil dos equipamentos. 

Dessa forma, a empresa constrói um histórico robusto e torna real a melhoria contínua do processo de manutenção.

A plataforma da TRACTIAN centraliza todas as informações e alertas, promove uma gestão de manutenção preditiva e facilita a tomada de decisões estratégicas.

Maximize a confiabilidade e disponibilidade da sua planta e entre de vez na Indústria 4.0.

APM da TRACTIAN: Conheça mais sobre nosso Software de Gestão de Desempenho de Ativos!

Conclusão

A implementação do Asset Performance Management vai além da simples manutenção de ativos: ela transforma a forma como empresas lidam com seus recursos.

Com isso, é possível monitorar ativos em tempo real, prever falhas antes que se tornem problemas e realizar manutenções de forma precisa, estendendo a vida útil dos equipamentos e eliminando paradas indesejadas.

Adotar o APM é um movimento para transformar a operação em uma fonte contínua de inovação e vantagem competitiva.

Empresas que optam pelo APM ganham eficiência imediata e, ainda, criam bases sólidas para um crescimento sustentável e para uma posição de liderança no mercado industrial.

Lucas Dombroysk

Lucas Dombroysk

Especialista de CMMS

Administrador formado pela FIAP, com mais de uma década de vivência na indústria metalúrgica. É Sales Account Executive na TRACTIAN e especialista em otimizar processos por meio da tecnologia.

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