Auditorias regulatórias, sejam da ANVISA, de certificações ISO ou de clientes estratégicos, não avisam quando vão chegar, mas deixam claro quando a sua operação não está preparada.
E quando o assunto é manutenção industrial, não faltam armadilhas: registros incompletos, procedimentos mal documentados, históricos desconectados e checklists ignorados. Cada falha dessas vira um risco direto para a conformidade da sua planta.
É aqui que um CMMS (Sistema Computadorizado de Gestão da Manutenção) pode fazer a diferença. Mais do que organizar ordens de serviço, esse software estrutura sua operação com base em processos rastreáveis, automatiza tarefas críticas e garante evidências que provam, na prática, que você está em conformidade todos os dias, e não só durante a auditoria.
Neste artigo, você vai entender como um CMMS industrial pode transformar sua preparação para auditorias com processos padronizados, rastreabilidade automática e total controle sobre a execução.
E mais: vamos apresentar as 8 práticas essenciais para garantir que sua operação esteja sempre pronta, com registros consistentes, equipe qualificada e evidências organizadas para qualquer inspeção, a qualquer momento.
O que você deve buscar em um CMMS voltado para auditorias
Nem todo software de manutenção está pronto para suportar uma auditoria regulatória. Para funcionar como um verdadeiro aliado da conformidade, o CMMS precisa ir além do básico.
Veja os recursos indispensáveis que um CMMS sistema deve ter para de fato impactar a sua operação:
Ordens de serviço com rastreabilidade completa: Cada ação registrada com data, hora, técnico responsável e instruções aplicadas. E com o versionamento automático de documentos, nada se perde.
Aplicação direta de SOPs nas tarefas: Procedimentos operacionais padronizados embutidos nas OSs, garantindo execução conforme o que foi definido.
Assinatura digital e validação individual: Cada colaborador tem seu login e perfil, e todo apontamento carrega a identidade digital de quem executou, com validade legal.
Controle de treinamentos e permissões: O sistema bloqueia execuções por profissionais não habilitados. E mantém registros claros de quem está qualificado para qual tarefa.
Histórico visual de manutenção: Fotos, vídeos e documentos anexados diretamente à OS, criando evidências irrefutáveis de execução.
Alertas de não conformidade e falhas críticas: O sistema escala automaticamente tarefas críticas que estão prestes a vencer ou que representam risco à operação.
Dashboards e KPIs auditáveis: Métricas como taxa de execução de preventivas, backlog por criticidade, tempo médio de resposta (MTTR) e reincidência de falhas prontos para apresentação.
Modo offline e registro em campo: Mesmo sem sinal, o técnico pode executar tarefas, registrar evidências e manter o histórico da manutenção atualizado, direto do chão de fábrica.
Veja também como um CMMS facilita o compliance na manutenção industrial.

Por que muitas operações falham em auditorias (e como evitar isso)
Antes de entrar nas soluções, é importante entender por que tanta gente ainda sofre nas auditorias, mesmo com processos rodando e ordens de serviço sendo executadas no dia a dia.
O problema quase nunca está na intenção ou no esforço da equipe. Está na falta de estrutura, nos gargalos invisíveis e nos registros que não se sustentam diante de uma auditoria séria.
Esses são os erros mais comuns que vemos nas plantas que ainda não contam com um CMMS robusto:
- Procedimentos existem, mas não são aplicados: O que está no papel não reflete o que acontece na prática. Falta padronização real no chão de fábrica.
- Registros incompletos ou descentralizados: Manutenções são feitas, mas sem rastreabilidade. Não há histórico consolidado nem dados confiáveis para comprovar execução.
- Execução por profissionais não treinados: Técnicos realizam tarefas críticas sem certificação atualizada e isso aparece na hora da auditoria.
- Backlog fora de controle: Tarefas vencidas, pendências acumuladas e preventivas ignoradas comprometem a imagem de confiabilidade da manutenção.
- Falhas sem plano de ação: Anomalias são resolvidas no improviso, sem CAPA estruturado ou análise de causa raiz.
Esses pontos se repetem em indústrias de todos os portes e segmentos. Mas a diferença está nas empresas que enxergam a auditoria não como um problema, e sim como uma oportunidade de elevar o nível da manutenção, com suporte de um sistema que torna tudo rastreável, validado e confiável.
Mas o que fazer então? Veja 8 dicas práticas para passar em auditorias regulatórias sem surpresa.
1. Estruture e documente todos os seus procedimentos operacionais (POPs)
A primeira coisa que um auditor vai pedir é o seu Procedimento Operacional Padrão. E, se ele não estiver por escrito — ou pior, se estiver escrito de um jeito e executado de outro —, a não conformidade é certa.
Cada atividade crítica precisa de um POP claro, validado e alinhado com a prática real do chão de fábrica. Isso inclui manutenção preventiva, calibração de instrumentos, troca de componentes, inspeções e qualquer tarefa que envolva segurança, qualidade ou rastreabilidade.
E mais: não adianta ter um documento bonito na gaveta se ele não for acessível nem seguido pela equipe. O procedimento precisa refletir o que de fato acontece, e o que acontece precisa seguir o que está no procedimento.
Sempre que um POP for atualizado, a equipe deve ser requalificada. Nada de confiar só em assinatura de leitura. Garanta que os técnicos entendam e apliquem o processo com walkthroughs, treinamentos práticos e validação por desempenho.
2. Centralize todos os dados de manutenção
Planilhas soltas e registros manuais já não são suficientes, especialmente quando se trata de provar a conformidade. Para garantir rastreabilidade real, cada dado da manutenção precisa estar em um sistema único, acessível e inviolável.
Com um CMMS moderno, todas as interações ficam registradas automaticamente: o que foi feito, por quem, quando, com quais recursos e qual o resultado final. Tudo com registro de data, hora, local e assinatura digital do responsável.
Mais do que armazenar, o sistema também protege. Permissões de acesso, trilhas de auditoria e controle de edições garantem integridade total das informações. E se for preciso rever uma execução seis meses depois, todo o histórico estará lá com evidência visual, checklists e registros anexados diretamente à ordem de serviço.
3. Realize auditorias internas não programadas
Operações verdadeiramente preparadas para inspeções externas são aquelas que se auditam por conta própria. Auditorias internas inesperadas expõem falhas reais no processo, antes que elas virem não conformidades oficiais.
Faça varreduras periódicas no sistema de manutenção: verifique ordens fechadas com pendências, preventivas vencidas, tarefas críticas executadas por técnicos não habilitados, falhas reincidentes sem plano de ação ou registros inconsistentes.
O mais importante: use esses achados para evoluir. Reforce treinamentos, padronize procedimentos e estruture planos de ação. Auditar não é punir, é, na verdade, uma garantia de que a operação não está se acomodando.
Com um CMMS, essas inspeções internas ganham muito mais agilidade. Os dados estão todos em um só lugar, atualizados em tempo real, com filtros por ativo, criticidade, tipo de tarefa ou responsável técnico.
4. Mantenha registros detalhados de cada atividade realizada
Se não está registrado, não aconteceu e isso vale para toda auditoria séria.
Cada ação da manutenção precisa de um registro completo: data, horário, responsável, tipo de atividade, materiais utilizados, resultado alcançado, observações e, sempre que possível, evidência visual da execução.
Esses registros não podem ser feitos depois ou quando der tempo. Eles precisam ser criados no momento da execução, com informações precisas, direto do campo. É por isso que um CMMS com suporte a dispositivos móveis e modo offline faz tanta diferença.
O CMMS da Tractian, por exemplo, permite que o técnico aponte a execução direto do celular, mesmo sem internet, e anexe fotos, siga checklists integrados e preencha campos obrigatórios que garantem que nenhum dado fique de fora.
5. Implemente um programa estruturado de treinamentos
Em qualquer auditoria séria, o técnico não é invisível. Ele pode (e será) questionado diretamente, ou seja, se o profissional não estiver treinado e qualificado para executar as tarefas atribuídas, isso vai comprometer toda a cadeia de conformidade.
Por isso, um bom programa de treinamento não pode se limitar a um onboarding genérico. Cada colaborador precisa estar habilitado para os ativos e POPs sob sua responsabilidade. E sempre que houver mudança no procedimento, é obrigatório requalificar a equipe.
A plataforma da Tractian reforça esse processo com rastreabilidade total: quem treinou, quando, para qual tarefa, e com qual procedimento. Além disso, o CMMS pode restringir a execução de ordens de serviço apenas a profissionais certificados, evitando falhas antes mesmo que elas aconteçam.
6. Estruture um plano de manutenção preventiva baseado em riscos
Manutenção preventiva é um dos pilares da conformidade industrial e não se trata só de seguir um cronograma, mas de aplicar um plano técnico baseado na criticidade dos ativos, garantindo que as intervenções ocorram antes da falha. Assim, tudo fica devidamente documentado.
Com um CMMS, esse plano deixa de ser teórico. O sistema gera ordens preventivas automaticamente, com base em tempo, uso ou parâmetros personalizados. Ele também emite alertas antes do vencimento, garante a aplicação dos POPs corretos e registra tudo: o que foi feito, quando, por quem e com qual resultado.
7. Estabeleça um sistema de Ação Corretiva e Preventiva (CAPA)
Quando algo sai do padrão, mesmo que não tenha gerado uma falha direta, o processo de CAPA precisa ser acionado. Isso mostra que sua planta não apenas resolve problemas, mas também evita que eles se repitam.
Um sistema robusto de CAPA deve incluir:
- Análise de causa raiz
- Plano de ação com prazos definidos
- Etapas de verificação
- Avaliação da efetividade das ações
No CMMS da Tractian, você consegue vincular ações corretivas diretamente às ordens de serviço, registrar responsáveis e prazos e gerar histórico completo para auditoria. Isso mostra ao auditor que a operação aprende com os desvios e evolui a partir deles.
8. Use o CMMS como o seu sistema oficial de conformidade
No fim das contas, a melhor forma de garantir que tudo isso funcione, todos os dias, é ter um sistema que sustente essa estrutura. E esse sistema é o CMMS.
Com ele, sua operação consegue:
- Padronizar a execução com SOPs embutidos
- Registrar todas as tarefas com rastreabilidade legal
- Integrar treinamento, execução e evidência em um só lugar
- Visualizar riscos, falhas e desvios antes que se tornem problemas de auditoria
O CMMS da Tractian foi criado exatamente para isso: transformar a manutenção em uma fonte confiável de dados, com controle, visibilidade e estrutura. Não é uma adaptação, nem um sistema genérico, mas uma ferramenta projetada para a realidade da indústria.
Checklist: sua operação está pronta para a próxima auditoria?
Antes que a próxima inspeção chegue à sua porta, avalie se sua estrutura atual realmente sustenta a conformidade no dia a dia:
✔ ️ Seus SOPs estão atualizados, aplicáveis e seguidos pela equipe?✔ ️ Cada manutenção realizada está registrada com data, hora, responsável e evidência?✔ ️ Você consegue rastrear qualquer atividade por ativo, técnico ou criticidade?✔ ️ As preventivas estão em dia, ou o backlog virou um problema crônico?✔ ️ Mudanças, falhas e desvios têm planos de ação estruturados?✔ ️ Só técnicos treinados conseguem executar tarefas críticas?✔ ️ Os dados estão organizados, protegidos e acessíveis em um único sistema?✔ ️ As auditorias internas resultam em melhoria contínua real?
Se algumas dessas perguntas ainda geram incerteza, é sinal de que sua operação está exposta e que você está assumindo riscos que poderiam ser evitados com a estrutura certa.
Transforme auditorias em rotina com o CMMS da Tractian
Tudo o que mostramos até aqui só funciona na prática quando sua operação tem estrutura. E é exatamente isso que o CMMS da Tractian entrega. Cada funcionalidade da plataforma foi pensada para eliminar os pontos cegos que fazem plantas falharem em auditorias.
Nosso software foi desenhado para que cada ação de manutenção gere evidência automática, com SOP aplicado, técnico qualificado e rastreabilidade total. Com ele, você tem controle sobre a execução, visibilidade sobre os desvios e dados prontos para apresentar, seja para a ANVISA, certificadoras ou para a diretoria.
E mais: com implementação rápida, onboarding gratuito e funcionamento direto do celular, sua equipe não precisa parar nada para começar a operar com mais segurança, eficiência e conformidade.
Quer ver como isso se aplica à sua planta?
Solicite uma demonstração gratuita e veja na prática como o CMMS da Tractian prepara sua operação para qualquer auditoria, seja interna, regulatória ou de cliente.