Manter o chão de fábrica funcionando sem falhas é um desafio que vai além do simples apertar de parafusos. Custos de manutenção são uma sombra no orçamento de produção, podendo representar de 15% a 40% dos custos totais, segundo estudos antigos de Dunn (1987) e Lofsten (2000).
Sim, são dados antigos, então por que olhar para trás?
O presente também traz uma realidade dura: cada dólar economizado hoje em manutenção pode significar um gasto quádruplo em renovações futuras, como aponta Rick Biedenweg.
Pensando nisso, esse artigo explora as estratégias para reduzir esses custos partindo do princípio: é necessário compreendê-los para então saber como mitigá-los.
E aí, interessou? Continue lendo para descobrir como reduzir custos de manutenção e tornar a manutenção não apenas uma tarefa necessária, mas uma jogada inteligente para a saúde financeira do seu negócio.
O que é custo de manutenção?
O custo de manutenção industrial vai além de simplesmente pagar para consertar máquinas. É sobre manter todo o ecossistema de produção em funcionamento, de forma suave, sem interrupções significativas.
Para muitos gestores, a manutenção soa como uma dor de cabeça — uma pausa indesejada na linha de produção.
Mas, e se contarmos para você que há outra maneira de ver isso?
Em vez de um incômodo, a manutenção deve ser uma prática contínua, um elemento crucial que preserva não só as máquinas, mas também a segurança e o bem-estar dos funcionários.
A realidade é que deixar um equipamento funcionar até quebrar pode custar entre três e dez vezes mais do que manter um programa de manutenção sólido, como aponta uma pesquisa da Buildings.com.
Então, é simples: a manutenção não deve ser vista como um custo extra, mas como um investimento inteligente.
Um bom programa de manutenção não só economiza dinheiro a longo prazo, mas também garante que a produção continue fluindo sem interrupções indesejadas.
É como equilibrar a balança entre o custo imediato e os benefícios perenes.
Qual o papel da manutenção nas empresas?
No cenário industrial, manutenção é uma palavra-chave dentro de uma fábrica. Pense nisso: a Business Wire aponta que 82% das empresas sofreram com paralisações não planejadas nos últimos três anos.
Você se identifica com essa estatística?
Se sim, já conhece o peso que a falta de manutenção adequada pode ter no seu negócio.
Um programa eficaz de manutenção, que engloba abordagens preventivas, corretivas e preditivas, é um componente vital para o sucesso operacional.
Como? Vamos passar pelas três, veja só:
A manutenção preventiva age como um escudo, capaz de proteger contra falhas inesperadas.
A corretiva é o plano de ação rápido para resolver problemas que surgem.
E a preditiva? É a visão estratégica, antecipando e evitando problemas antes que eles se manifestem.
Por isso que repetimos: investir em reduzir custos de manutenção é mais do que evitar dores de cabeça.
Essa abordagem diversificada de manutenção significa que sua fábrica continua girando, seus funcionários estão seguros, e você não fica na mão quando menos espera.
Vamos ser sinceros: ninguém quer fazer parte daqueles 82%, certo?
Então, investir em um programa de manutenção robusto não é só bom senso, é uma estratégia inteligente para manter tudo nos trilhos.
Tipos de manutenção industrial
Antes de começar a planejar sua rotina de manutenção, é essencial dar um passo atrás para entender as diferentes filosofias de monitoramento e ação que as empresas empregam.
Para quem é da indústria, tais conceitos não devem ser novos, mas fazemos questão de defini-los.
Manutenção Corretiva
A manutenção corretiva é a resposta imediata a falhas ou avarias inesperadas em equipamentos. Seu foco principal é corrigir o problema e restaurar a funcionalidade o mais rápido possível.
Imagine uma linha de montagem que para repentinamente devido a uma falha mecânica.
A manutenção corretiva entra em cena para consertar o motor e minimizar o tempo de inatividade — como um bombeiro, sua função é apagar o incêndio imediatamente.
E qual o custo da manutenção corretiva? Embora seja essencial, esse tipo normalmente é mais caro e menos eficiente a longo prazo, já que as falhas podem interromper a produção e aumentar os custos operacionais.
Nas empresas, a manutenção corretiva se manifesta frequentemente em situações de emergência.
Ela requer uma equipe qualificada e pronta para agir rapidamente, minimizando os impactos negativos na produção e na eficiência.
Apesar de necessária, a ideia é não depender exclusivamente dela, buscando equilíbrio com práticas de manutenção mais proativas — que vamos apresentar em seguida.
Manutenção Preventiva
A manutenção preventiva é a preferida por 80% do pessoal de manutenção conforme a pesquisa da Plant Engineering, consiste em intervenções programadas regularmente, visando prevenir falhas e prolongar a vida útil das máquinas.
É como um exame de rotina para a saúde da sua fábrica.
Ela é programada regularmente, independentemente de haver ou não um problema aparente.
O objetivo é prevenir falhas antes que elas ocorram, mantendo os equipamentos em condições ideais de operação.
Na prática, isso pode significar a verificação periódica e substituição de componentes que têm uma vida útil conhecida.
Por exemplo, a substituição de filtros ou a lubrificação de peças móveis em máquinas. São ações preventivas que ajudam a evitar paradas inesperadas e prolongam a vida útil dos equipamentos.
Empresas que adotam ações preventivas tendem a ter uma operação mais estável e previsível (uma das diferenças entre o custo da manutenção preventiva x corretiva).
O motivo?
Há uma programação clara de quando e como cada parte da manutenção será realizada, o que facilita o planejamento e reduz os custos a longo prazo.
Falamos de uma filosofia que representa um investimento na eficiência e na confiabilidade dos processos produtivos, com uma abordagem mais estratégica e menos reativa à manutenção industrial.
Manutenção Preditiva
A manutenção preditiva se baseia na coleta e análise contínua de dados dos equipamentos para identificar padrões ou sinais de desgaste antes que uma falha ocorra.
Ou seja, trata-se de monitorar vibrações, temperaturas, níveis de ruídos e outras condições operacionais em tempo real, como por exemplo:
Por exemplo, imagine um sensor que monitora a vibração de uma máquina CNC.
Ao detectar um padrão anormal, ele indica a necessidade de manutenção antes que a máquina quebre.
É uma ação projetada para evitar paradas inesperadas e reduzir custos com reparos emergenciais.
A manutenção preditiva se destaca por sua capacidade de otimizar o cronograma de manutenção, baseando-se em dados concretos ao invés de estimativas.
Na prática, ela transforma a manutenção de uma tarefa reativa em uma atividade proativa e estratégica.
- Quer entender mais? Preparamos um guia definitivo sobre manutenção preditiva. Confira!
Manutenção Prescritiva
Já a manutenção prescritiva, impulsionada pela IA e IoT, é o futuro da manutenção industrial.
Ela vai além de prever falhas, oferecendo recomendações específicas sobre o que fazer. Mas como?
Falamos da utilização de algoritmos de inteligência artificial para analisar dados de sensores IoT e prescrever ações de manutenção.
Imagine um sistema que, ao identificar uma leve alteração na performance de uma bomba, não apenas alerta sobre uma possível falha, mas também recomenda ações específicas, como ajustar a configuração ou substituir uma peça específica.
É uma abordagem super precisa, mais refinada e eficaz para a manutenção.
A manutenção prescritiva representa uma evolução significativa, pois combina a previsão com a ação.
Ela permite que as empresas sejam mais ágeis, reduzindo o tempo de inatividade e maximizando a vida útil dos equipamentos.
Ao integrar análise avançada e automação, a manutenção prescritiva oferece um nível de eficiência e precisão sem precedentes no gerenciamento de ativos industriais.
Quais os principais custos de manutenção?
Certo, já que falamos sobre custos de manutenção, é essencial olhar para o tema com uma lupa.
Afinal, o que ameaça as finanças do seu negócio quando o assunto é manutenção?
Primeiro, entenda que mão de obra, peças de reposição e custos de reparos são os protagonistas aqui.
Os custos trabalhistas, incluindo salários e treinamentos, são uma fatia considerável do bolo.
E as peças sobressalentes? Sim, elas podem pesar no orçamento, assim como os serviços terceirizados necessários para reparos.
Falando em reparos, se eles não são planejados, prepare-se para um impacto no bolso.
Paralisações não planejadas e perda de produtividade são grandes exemplos.
E aí, entra um dado alarmante: o tempo de inatividade não planejado custa cerca de US$50 bilhões anualmente aos fabricantes industriais.
Surpreendentemente, 42% do downtime é causado por falhas de equipamentos, segundo um estudo da Solomon RAM citado pelo Wall Street Journal.
Como reduzir o custo de manutenção
Agora, qual o segredo para reduzir os custos de manutenção que mitigam seu potencial de investimento?
O primeiro ponto é esclarecer: não existe segredo e nem receita. O indicado é seguir um plano compreensivo e que abrace diferentes abordagens de manutenção.
Por exemplo: invista em prevenção e predição.
Contar com um bom plano de manutenção preventiva e preditiva é como ter um guarda-chuva antes da chuva cair.
São abordagens proativas que evitam paradas inesperadas e cortam custos de reparos ao pegar problemas antes que eles se tornem grandes dores de cabeça.
Porém, há outro elemento que pode fazer toda diferença aqui: softwares de gerenciamento de manutenção — também chamados de CMMS (Computerized Maintenance Management System) ou EAM (Enterprise Asset Management).
Com eles, você monitora cada centavo gasto e toma decisões baseadas em dados. O resultado? Redução de custos e aumento da eficiência.
E não falamos da boca para fora: 74% das empresas que utilizam CMMS afirmaram que a ferramenta melhora a produtividade, enquanto 58% a consideram rentável. Além disso, 57% dos usuários veem a facilidade de uso como uma vantagem.
Além disso, 51% afirmaram que o CMMS ajuda a reduzir o tempo de inatividade, conforme levantamento recente da Plant Engineering.
E as inovações? Elas já estão revolucionando o jogo.
A manutenção prescritiva, apoiada por IA e integrada a sensores IoT, está em alta.
Vale mencionar que já começa nas indústrias um movimento para adotar práticas lean no chão de fábrica, como:
- gestão de inventário just-in-time;
- manutenção centrada na confiabilidade;
- monitoramento de condições.
Não tome essas como palavras da moda, mas sim estratégias que trazem mais agilidade e eficiência para a manufatura em geral.
Ou seja, qual o caminho a seguir? Nossa dica é pensar um pouco fora da caixa, abraçar a tecnologia e manter a mente aberta para novas práticas.
É um movimento contínuo em direção a uma manutenção mais inteligente e custo-eficiente.
Como os softwares de gestão da manutenção podem controlar custo de manutenção?
Softwares de gestão da manutenção, como CMMS e EAM, são ferramentas indispensáveis na rotina atual de uma indústria.
Elas centralizam as atividades de manutenção e possibilitam um controle mais assertivo e uma visão clara dos custos.
Por exemplo, esses sistemas oferecem funcionalidades como gestão de ordens de serviço, o que automatiza processos e garante a execução de manutenções preventivas no tempo certo.
Na prática, é uma ação que minimiza as intervenções corretivas, que tendem a ser mais caras.
Além disso, a geolocalização e rastreamento de rotas de manutenção dos técnicos aumentam a produtividade e reduzem o tempo de inatividade.
Outra grande vantagem é a integração com outras ferramentas, como ERPs (de distintos players, tanto SAP até mesmo soluções TOTVS), Excel e outros sistemas de gestão, facilitando o fluxo de informações e a tomada de decisão baseada em dados.
O planejamento e programação de manutenções preventivas também se tornam mais eficientes, com um retorno sobre o investimento (ROI) mais claro.
Além disso, o controle de estoque através desses softwares ajuda a gerenciar itens do inventário, reduzindo custos de manutenção.
E com a aplicação de IA, os procedimentos automáticos criados podem poupar tempo e melhorar resultados.
Gestor: otimize seu trabalho com um sistema de gestão de ativos
Agora, qual a melhor solução para otimizar o trabalho de gestão da manutenção, que coloca todos os dados do chão de fábrica em suas mãos e simplifica a administração das rotinas?
O TracOS™ é uma plataforma de gestão de ativos inovadora que vai transformar a maneira como você gerencia a manutenção, ao centralizar as atividades da sua equipe, potencializando resultados.
Lembra das funcionalidades que mencionamos há pouco?
Gestão de ordens de serviços automatizadas, geolocalização para mapear as rotas de manutenção, total controle de estoque e ampla capacidade de integração para criar um ecossistema de dados que conversam entre si.
Bom, você tem tudo isso com o TracOS™.
É uma solução completa para gestores que querem aumentar a eficiência, confiabilidade e economia no chão de fábrica, que buscam se antecipar às falhas e otimizar os processos de manutenção.
Mostramos na prática como funciona: você pode visualizar toda árvore de ativos e centralizar a gestão dos planos de manutenção — tudo isso de forma automatizada.
E o planejamento? Você tem acesso a diversas visões sobre cada ativo. E o melhor: pode filtrar por responsável, prioridade, data de vencimento da ordem de serviço e mais.
Outras empresas já atestaram: a solução da TRACTIAN possibilita o payback em menos de 4 meses, com ROI de 18 vezes do valor do seu investimento.
Interessou? Conheça o TracOs™ software EAM da TRACTIAN!
Conclusão
Lembra quando falamos sobre a importância de ter os custos de manutenção na ponta do lápis?
Aqui está o segredo: saia do analógico e abrace a tecnologia.
Um software de gestão da manutenção como o TracOS™ é o caminho para a transformação — esqueça aquela visão de que esse é um peso no orçamento, mas sim um diferencial competitivo na sua estratégia de negócios.
Mas não pare por aqui!
Continue explorando nosso blog para aprender mais sobre como a tecnologia está revolucionando a rotina industrial. Confira!