Supply Chain Management (SCM): Guia definitivo para Indústria

O Supply Chain Management (SCM), ou gestão da cadeia de suprimentos, é a chave para otimizar a eficiência dos seus processos de produção e distribuição.

Na prática, essa abordagem envolve a coordenação e integração de todos os processos e fluxos de informação, desde os fornecedores até os clientes finais.

Quais os possíveis resultados? Para citar alguns dos benefícios, podemos falar de: redução de custos, melhoria da qualidade dos produtos e aumento da satisfação dos clientes.

Porém, falar é fácil. Queremos ir além e mostrar como o Supply Chain Management pode transformar seu negócio — com foco especial em indústrias.

Aqui, queremos demonstrar como o SCM pode revolucionar suas operações, o dia a dia no chão de fábrica e mesmo a eficácia das ações de manutenção.

Continue conosco e explore como aplicar essas práticas na sua empresa para transformar desafios em oportunidades.

O que é Supply Chain Management (SCM)?

Supply Chain Management (SCM) é a gestão integrada de todos os processos, pessoas e recursos que compõem a cadeia de suprimentos: da aquisição de matérias-primas até a entrega do produto ou serviço.

A gestão da cadeia de fornecimento pode ser vista como a espinha dorsal das operações industriais. Ela garante que todos os componentes da cadeia estejam alinhados e funcionando em harmonia.

Ao otimizar a comunicação e a coordenação entre fornecedores, fabricantes, distribuidores e varejistas, é possível mitigar (e prevenir) erros, controlar e agilizar processos e melhor gerenciar a qualidade das entregas.

Porém, existe um fator específico que pode ser positiva (ou negativamente) impactado pela gestão da cadeia de suprimentos: competitividade.

O motivo é simples: quando bem feita, ela dá à empresa a capacidade de responder rapidamente às demandas do mercado — mas especialmente, do seu cliente.

Não por menos, conforme viu a PwC, quase 40% das organizações afirmaram ter alterado seu modelo operacional no último ano. Esse é um reflexo do mercado — que impacta também as dinâmicas no chão de fábrica.

No entanto, é justamente aí que mora o problema para metade das indústrias de manufatura: conforme viu a Fictiv, falta visibilidade na cadeia de suprimentos.

É aqui que o Supply Chain Management entra em cena.

A Evolução do SCM: Da História à Indústria 4.0

Não haveria indústria sem o conceito de Supply Chain. Tudo bem que no começo, na primeira revolução industrial, não existia literatura para explicar o conceito, mas sua aplicação prática estava lá, desde sempre.

Nossa timeline pode ser desenhada da seguinte maneira:

Evolução do SCM - da história à indústria 4.0
Evolução do SCM – da história à indústria 4.0
  • 1950s – 1960s: Foco na produção e distribuição.
  • 1970s – 1980s: Primeiros sistemas de planejamento e controle de produção, como MRP.
  • 1990s: A revolução com a chegada do ERP, que integra todas as funções empresariais e promove a gestão eficiente da cadeia de suprimentos.
  • 2000s: Globalização e outsourcing aumentam a complexidade do SCM, exigindo soluções mais sofisticadas.
  • 2010s – Presente: maior visibilidade e controle graças ao combo Indústria 4.0 + IoT + inteligência artificial.

A Importância da Gestão da Cadeia de Suprimentos na Indústria

Um bom SCM assegura que uma empresa tenha visibilidade sobre a demanda, controle dos materiais e capacidade para adquirir, estocar, utilizar e manter seus recursos.

Ou seja, sua importância pode ser definida por: quando bem estruturado, a gestão da cadeia de fornecimento garante que os materiais certos cheguem ao local certo, no momento certo.

Em uma fábrica de autopeças, a parada não-programada do motor de um torno mecânico pode causar grandes dores de cabeça. Quando o fornecimento de peças e as ações de manutenção preventiva se desencontram, esse é o resultado.

Qual o impacto de um bom SCM nesse cenário? Por exemplo, por meio de sensores IoT inteligentes, você monitora o desempenho dos ativos críticos desse maquinário, como o motor.

Aliado à IA, seu sistema de gestão de ativos consegue ler os sinais emitidos pelo motor e, com base em algoritmos avançados, prever sinais de possíveis falhas futuras.

Ou seja, você assegura a disponibilidade das peças necessárias antes que o problema ocorra. Com isso, reduz significativamente o downtime, os custos de manutenção e aumenta o OEE.

Aqui, a integração entre fornecedores e operações internas é chave: ela permite uma resposta rápida e coordenada, melhorando a confiabilidade e a eficiência da produção.

Dessa forma, sua empresa minimiza desperdícios e atrasos, melhora o atendimento ao cliente e posiciona-se como um player de maior competitividade no mercado.

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A espinha dorsal: o processo de gestão da cadeia de suprimentos

Agora, como funciona o SCM na prática? Talvez essa seja a estratégia mais complexa dentro de um negócio estruturado, simplesmente porque envolve muitos stakeholders, recursos, processos e entregas.

Além disso, na prática, o SCM é composto por um amplo leque de áreas. Pense em todos os setores envolvidos com a sua entrega, isto é: Compras ou Procurement, Produção, Logística e Distribuição (e todos os departamentos abaixo deles).

Porém, para méritos de visualização, podemos simplificar essa jornada em alguns passos:

Processo de gestão da cadeia de suprimentos
Processo de gestão da cadeia de suprimentos

Planejamento

Definem-se as demandas, recursos necessários e estratégias para atender aos requisitos do mercado. É a fase de PCP. Ferramentas como ERP ajudam a integrar e otimizar o planejamento de recursos.

Aquisição

Trata-se da seleção e compra de materiais e serviços. Um sistema de gestão de compras (e-Procurement) assegura que as aquisições sejam eficientes, transparentes e de bom custo-benefício.

Produção

Aqui, os materiais são transformados em produtos acabados. Softwares como o MES (Manufacturing Execution System) monitoram e controlam as operações de produção em tempo real. Já sistemas como CMMS e EAM auxiliam na gestão de ativos, do chão de fábrica e das ações de manutenção.

Logística

Abrange o armazenamento e transporte dos produtos. Sistemas TMS (Transportation Management System) são usados para planejar, executar e otimizar o transporte de mercadorias.

Gestão de retornos

Trata do processamento de devoluções de produtos. Sistemas de RMS (Returns Management System) ajudam a gerenciar esses processos de forma eficaz.

Cada etapa do SCM contribui para a eficiência geral da cadeia de suprimentos

O planejamento define as bases, a aquisição garante materiais de qualidade, a produção transforma esses materiais em produtos acabados, a logística assegura a entrega eficiente, e a gestão de retornos mantém a satisfação no alto.

Benefícios do Supply Chain Management

Já abordamos alguns dos benefícios do Supply Chain Management, que incluem:

  • Maior eficiência operacional: otimiza processos e recursos, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade.
  • Redução de custos: Melhora a gestão de compras e produção, diminuindo despesas com estoque e transporte.
  • Melhoria na gestão de inventário: garante que os níveis de estoque sejam adequados, evitando excesso ou falta de produtos.
  • Maior agilidade e flexibilidade: responde rapidamente às mudanças de demanda e condições de mercado.
  • Melhoria na satisfação do cliente: assegura entregas pontuais e de qualidade, aumentando a confiança do cliente.

Além disso, o SCM ajuda a identificar e mitigar riscos, garantindo a continuidade das operações mesmo diante de imprevistos, como interrupções na cadeia de suprimentos ou flutuações de mercado.

Integração do SCM com Manutenção Preventiva

Agora que já cobrimos o conceito, é hora de mergulhar na prática. No entanto, queremos partir para o diferencial. Como tornar a gestão da cadeia de fornecimento do seu negócio um diferencial — e não apenas mais uma?

A primeira dica é: integre-a com ações de manutenção preventiva.

Que esse tipo de manutenção é essencial, você provavelmente já sabe. Ela é essencial para reduzir o downtime e prolongar a vida útil de máquinas e equipamentos.

Trata-se do básico da manutenção — porém, que muitas vezes não é bem feito.

Nossa dica é ir além: com dados precisos fornecidos pelo SCM, é possível planejar antecipadamente a manutenção, evitando falhas inesperadas.

Um cronograma de 52 semanas para organizar suas ações preventivas, alinhado com as entregas de suprimentos, garante que as peças de reposição estejam disponíveis no momento necessário.

Aqui, falamos de registrar de antemão as intervenções, evitando assim paradas não programadas.

Além disso, a visibilidade completa da cadeia de suprimentos facilita a coordenação entre os departamentos de manutenção e logística.

Na prática, isso assegura que os recursos necessários sejam alocados de forma eficaz

Uso de Big Data no SCM e na preditiva

E qual o próximo passo? A resposta está no big data e na manutenção preditiva.

Antes de explicar, vale conhecer esse dado do mesmo estudo da PwC que mencionamos anteriormente: 69% das empresas afirmam não ter obtido um alto ROI em seus investimentos em tecnologia.

O motivo? É mais complexo do que se imagina.

Para 30% deles, a dificuldade de integração, para 28% foi que a solução não atendeu as expectativas e para 27% o que faltou foi a capacitação do pessoal.

A leitura mais assertiva aqui é: o problema não é a tecnologia, mas o que envolve ela, como as ferramentas com as quais ela conversa e as pessoas que a operam.

Nesse sentido, é essencial estabelecer prioridades.

Se a sua dor é otimizar a gestão da cadeia de suprimentos — supondo que você tem todas as etapas que abordamos sob controle — o que falta?

Que a tecnologia entregue mais, a fim de enriquecer suas análises e melhorar sua tomada de decisão.

É exatamente onde o big data, apoiado por soluções inteligentes — como sensores IoT — e a gestão de ativos integrada, oferece.

Implementar tais recursos em seu chão de fábrica inaugura uma era de manutenção preditiva na planta.

Afinal, ao analisar dados históricos de desempenho dos equipamentos e dados de fornecimento, é possível prever falhas e necessidades de manutenção antes que ocorram problemas.

Essas plataformas monitoram continuamente o desempenho dos equipamentos, identificando padrões que indicam a necessidade de manutenção.

É o caso das tecnologias da TRACTIAN: sensores inteligentes, como o Smart Trac e o Energy Trac, coletam e interpretam dados em tempo real, tudo por intermédio de um sistema de gestão que simplifica a visualização, o TracOS™.

Assim, é possível antecipar-se a problemas e agendar intervenções de forma precisa.

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SCM e gestão de inventário de peças de reposição

Por fim, ainda com uma lente fixa no chão de fábrica, vale repensar sua gestão de inventário das peças de reposição.

Garantir sua disponibilidade contínua é essencial para assegurar que a operação seja contínua, evite excessos ou falta de peças, bem como melhore a eficiência da operação como um todo.

Implementar sistemas automatizados de gerenciamento de inventário que utilizem dados em tempo real permite ajustar os níveis de estoque conforme a demanda.

Aqui, voltamos ao fator TRACTIAN: nossos sensores Smart Trac são ideais para esse propósito.

Eles monitoram o uso e a condição das peças, fornecendo dados precisos.

É algo que facilita a reposição automática e eficiente — e contribui para um dos pilares do SCM: garantir que os materiais certos cheguem ao local certo, no momento certo.

O futuro do Supply Chain Management

O futuro do Supply Chain Management é moldado por tendências inovadoras como automação avançada, uso de drones para logística e integração de tecnologias sustentáveis.

A utilização de robótica e inteligência artificial (IA) pode aumentar a eficiência em até 30% e reduzir os erros em até 20%, segundo estudo da FATECLOG.

Essas tecnologias minimizam desperdícios e maximizam a produtividade, de modo que as operações ganham velocidade e assertividade.

Um estudo da McKinsey destaca que fabricantes podem reduzir os custos operacionais em até 25%, os custos de desenvolvimento em até 50%, e aumentar as margens brutas em até 30% ao capturar o valor dos dados e análises.

E vale entrar em outra tendência: o ESG.

A sustentabilidade vem ganhando destaque no SCM do futuro, com a adoção de práticas e tecnologias que reduzem o impacto ambiental.

A integração de tecnologias sustentáveis não só melhora a imagem corporativa, mas também contribui para a eficiência operacional.

Essas tendências estão transformando a gestão da cadeia de suprimentos, tornando-a mais ágil, eficiente e sustentável, posicionando as empresas para enfrentar os desafios futuros com inovação e eficácia.

Conclusão

Já imaginou sua empresa operando no máximo potencial, sem interrupções inesperadas? Um Supply Chain Management bem estruturado é a chave para isso.

Além de discutir a evolução do SCM e a importância da integração com tecnologias da Indústria 4.0, também abordamos como uma gestão eficaz em combinação com a tecnologia certa pode enriquecer seus resultados.

O que fica? Que investir na otimização da cadeia de suprimentos é crucial para alcançar eficiência, confiabilidade e sustentabilidade.

As tecnologias emergentes não só melhoram a operação atual, mas também preparam sua empresa para enfrentar desafios futuros.

Chega de esperar — comece a aprimorar seu SCM hoje. Conte com a TRACTIAN.

Marianna Musso

Marianna Musso

Engenheira de Aplicações

Engenheira Civil pela Universidade Federal do Espírito Santo, pós graduada em Gerenciamento de Projetos pela FGV, especialista em gestão de manutenção industrial. É engenheira de aplicações na TRACTIAN.

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