Downtime: O que é e como diminuir paradas não programadas

Sabe o que realmente tira o sono de quem está à frente da manutenção em uma indústria? Se pensou em downtime, acertou.

Esse é um problema que ameaça os resultados operacionais e financeiros das empresas por todo o mundo — que assola desde as manufaturas de bairro, até as principais indústrias de um país.

Mas o que é exatamente e como podemos colocar um freio nessas paradas não programadas?

É o que vamos compartilhar nesse artigo: toda nossa expertise — de forma condensada — sobre o tempo de inatividade, suas causas raízes, estratégias de prevenção e o papel das tecnologias para mitigar esse problema.

Vamos lá? É só continuar a leitura.

Downtime: O que é + tipos

Downtime é algo que pode virar um pesadelo para quem gerencia o chão de fábrica. Basicamente, trata-se do tempo de inatividade de uma máquina ou equipamento. Ou seja, é quando a produção para, ponto.

Porém, muita calma, nem todo downtime é vilão.

Existe a parada planejada ou parada técnica, o momento em que a empresa diz: “Vou parar para fazer uma manutenção preventiva ou trocar um equipamento”.

Ou seja, tudo sob controle.

Agora, o downtime não planejado é o problema que causa dores de cabeça.

Aquele que aparece quando uma máquina pifa do nada ou a energia vai embora sem avisar.

É esse tipo “ruim” que ninguém quer, mas que todo chão de fábrica enfrenta.

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Impactos das paradas não planejadas na indústria

As paradas não planejadas são o calcanhar de Aquiles na indústria, afetando tudo: da linha de montagem até os números finais do financeiro.

O Grupo Aberdeen mostrou isso em números em uma pesquisa feita alguns anos atrás: de acordo com os cálculos deles, as paradas não planejadas podem custar cerca de €220.400 (isso mesmo, euros!) por hora.

E não para por aí, a CXP Group aponta que para as empresas europeias, 90% dos principais pontos críticos que enfrentam vem do downtime não planejado e da manutenção emergencial.

Isso significa produção parada, entrega de pedidos atrasada, e claro, dinheiro perdido.

E não é “” o financeiro que leva a pancada: a moral da equipe e a confiança dos clientes também levam um baque.

Ou seja, downtime não planejado é sinônimo de problemas em 360 graus para o negócio.

10 principais causas de downtime na Indústria

Certo, mas o que mais causa o tempo de inatividade em um negócio? Compilamos os principais:

Principais causa de Downtime na Indústria
Principais causa de Downtime na Indústria
  1. Problemas de manutenção;
  2. Falhas técnicas;
  3. Troca de ferramentas;
  4. Falhas logísticas;
  5. Problemas de infraestrutura;
  6. Falha de gerenciamento;
  7. Erros de instalação;
  8. Problemas com normas e legislação;
  9. Defeitos nos equipamentos;
  10. Falta de mão de obra qualificada.
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Cada uma dessas causas tem seu papel nas paradas não planejadas. Manutenção negligenciada, falhas técnicas ou um simples erro humano podem transformar um dia normal em um caos total.

E não é só isso: problemas legais ou mesmo na instalação também jogam no time do downtime.

Entender esses fatores é o primeiro passo para evitar que eles transformem seu chão de fábrica num palco de desastres.

Como medir e monitorar as paradas não programadas?

Como qualquer tarefa de gestão, o monitoramento e a medição depende de uma coisa: entender quais são os KPIs e métricas certas. Separamos uma lista com os principais.

Anote-os e nos diga: eles já fazem parte da sua gestão de indicadores?

  • MTBF (Mean Time Between Failures): tempo médio entre falhas. 
  • MTTR (Mean Time To Repair): Tempo médio para reparar.
  • Availability (Disponibilidade): Quanto tempo os equipamentos estão prontos para funcionar.
  • Backlog: A fila de trabalhos esperando para serem executados.
  • Confiabilidade de ativo: Quando sua máquina funciona sem dar problemas.
  • Lost time (Tempo perdido): Cada segundo conta quando o jogo é a produção.
  • MPd – Cumprimento dos planos de manutenção preditiva: Sua empresa possui e segue à risca o cronograma de manutenção e os dados preditivos obtidos?
  • OEE (Overall Equipment Effectiveness): É a principal métrica, que diz se seus equipamentos estão realmente ajudando o negócio ou sugando seus recursos.
  • PMP (Planned Maintenance Percentage): O quanto da sua manutenção é planejada versus a corrida contra o tempo.

Como acabar com o tempo de inatividade? 5 Dicas para aplicar já!

1. Tenha um planejamento de manutenção

Anote de forma minuciosa como está sendo realizado o trabalho de manutenção, esse acompanhamento é ideal para reduzir ou até eliminar as corretivas de emergência e, por consequência, a dinâmica do quebra/conserta das máquinas.

Além disso, lembre-se de considerar como as tarefas estão sendo atribuídas e metrificadas na manutenção industrial.

Acompanhar os indicadores é uma forma de medir os resultados da manutenção.

Separamos um artigo sobre indicadores de manutenção se você quiser conhecer tais métricas e melhorar o desempenho da sua empresa.

2. Pare de apagar incêndios

Busque prevenir falhas inesperadas ao invés de apenas consertá-las. A partir disso é possível agir proativamente na manutenção, evitando paradas fora de hora.

Planeje quais acontecimentos podem gerar uma falha futura e execute uma inspeção antes que seja tarde demais.

3. Mantenha as paradas de manutenção dentro do cronograma

Planeje todos os aspectos antes de realizar a parada. Tente manter um cronograma, especificando quem irá realizar tal manutenção, quando e onde.

Realizando o trabalho de forma mais efetiva e otimizada. Uma maneira de executar tal tarefa é criar ordens de serviços para o colaborador mais apropriado para aquela atividade.

Com a Tractian é possível automatizar essas ordens de serviço e garantir uma maior segurança para a sua indústria.

4. Utilize equipamentos de monitoramento

Monitore constantemente seus equipamentos para identificar os primeiros sinais de falhas.

Sensores inteligentes conseguem coletar dados de vibração e identificar possíveis problemas que podem gerar a quebra do equipamento.

Escrevemos um artigo sobre como a análise de vibração pode ajudar na saúde dos ativos. Que tal separar um tempinho para ler logo após esse conteúdo?

5. Use sensores inteligentes 

Utilizar técnicas preditivas aliadas a manutenção preventiva, é fundamental para evitar que paradas indesejadas afetem a produção.

O sensor IoT, Smart Trac, monitora dados de vibração, temperatura e horas trabalhadas do ativo, todos os dias da semana, sendo um processo automatizado. Já que minutos depois de ser acoplado ao ativo, ele já começa a coleta de dados.

Assim, é possível entender a real condição do ativo, evitando qualquer tipo de quebra inesperada. Ao menor sinal de falha identificada os gestores e responsáveis pelo ativo são avisados, agindo antecipadamente.

Como diminuir paradas não programadas

A cultura organizacional é essencial na luta contra as paradas não programadas. Uma mentalidade de melhoria contínua não só prepara o terreno para prevenir o downtime, mas também cria um ambiente onde ele é gerenciado de forma proativa.

Quando a cultura da empresa encoraja a antecipação de problemas e a inovação constante, paradas inesperadas tornam-se cada vez menos frequentes.

Além disso, um ambiente que valoriza a capacitação e a colaboração fortalece as equipes, permitindo que elas respondam rapidamente e eficientemente aos imprevistos.

Assim, fomentar uma cultura que prioriza a eficiência operacional e a resiliência é fundamental para minimizar essas situações.

No seu negócio, essas ações são incentivadas?

Downtime e Sustentabilidade

Quem diria que reduzir o downtime pode dar um boost nas práticas sustentáveis? Isso mesmo, controlar as paradas não programadas não é só bom para o bolso, mas também para o planeta!

Pense bem: encaixar essa “vontade” na estratégia de ESG (Ambiental, Social e Governança) da empresa é uma jogada de mestre.

Mas como? Menos paradas não programadas significa menos desperdício de recursos, menos emissões e mais eficiência operacional.

Ou seja, você avança duas casas de uma vez só: otimiza a produção e ainda dá um upgrade na responsabilidade ambiental e social.

Assim, cada ação para reduzir o tempo de inatividade se transforma em um passo firme em direção à sustentabilidade.

Conclusão

Esse é o fim do nosso guia sobre paradas não programadas.

Vimos que lidar com as paradas não programadas é essencial para manter a indústria girando sem perrengues.

Desde entender o que é downtime, passando pelas suas causas, até as táticas de medição e monitoramento, tudo aponta para a necessidade de uma gestão esperta e proativa.

E, claro, sem esquecer da pegada sustentável que uma boa gestão de paradas traz, alinhada ao ESG.

Agora, é hora de as empresas abraçarem uma visão holística e inovadora, tornando a gestão de inatividade parte integral da estratégia para sucesso industrial.

Vamos nessa, fazer a diferença e manter as máquinas rodando?

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Igor Marinelli

Igor Marinelli

Diretor

Fundador y Co-CEO de TRACTIAN. También es columnista de la Revista Mantenimiento (Revista Manutenção).

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