Indicador de Manutenção: MTTR (Mean Time To Repair)

O MTTR – Tempo Médio Para Reparo é um dos principais indicadores de manutenção, ele é usado para medir a eficiência da equipe em resolver as paradas não programadas em ativos do parque fabril. 

Seu conceito, como o próprio nome diz, é a média de tempo que se leva para reparar uma quebra ou falha de uma máquina e colocá-la de volta em condições de operar. Ou seja, quanto maior for o MTTR,  pior é. Portanto devemos trabalhar para mantê-lo baixo.

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O tempo medido começa no momento onde a máquina interrompe a sua operação por problemas de manutenção. E sua finalização acontece quando termina o reparo e existe a confirmação que a máquina está em condições de operação.

Exemplo: a máquina para às 13 horas porque o motor principal desligou sem motivo aparente e não liga mais. É acionado a Manutenção para verificar o problema e após testes e reparos necessários, o motor volta a sua condição normal de trabalho às 14:30 horas. Portanto tivemos um período de parada total de 1:30 horas. 

Entenda os dois indicadores de manutenção: MTTR e MTBF (Tempo médio entre falhas)

Como é calculado o MTTR?

Esse KPI é um indicador que deve ser medido normalmente em períodos mensais como qualquer outro indicador e seu cálculo é muito simples. Soma-se os tempos de intervenção de todas as paradas por quebras/falhas das máquinas que tiveram sua operação interrompida. 

Esse total dividimos pelo número de ocorrências (eventos) onde foi solicitado algum tipo de intervenção de uma máquina que teve sua operação paralisada. Ou seja, a fórmula é:

Vejamos os dados mensais a seguir para o cálculo de um setor de uma planta industrial:

Máquina 1: 2 intervenções (tempo de paradas de 1 e 2 horas);

Máquina 2: 1 intervenção (tempo de parada de 1 hora);

Máquina 3: 3 intervenções (tempo de paradas de 1:30, 1 e 2:30 horas);

Máquina 5: 2 intervenções (tempos de 0:30, 1, 1:30 e 3 horas);

Máquina 7: 1 intervenção (tempo de 5 horas).

Então tivemos no mês, 9 intervenções de manutenção para reparos totalizando 9 horas, onde a manutenção esteve atuando nessas máquinas para corrigir problemas.

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Jogando esses valores na fórmula temos:

Então quanto tempo ? Nesse caso temos um valor de tempo médio para reparo de 1 hora no referido setor da planta industrial. Vale salientar que o MTTR é uma medida de eficiência da equipe de manutenção, que pode e deve ser aplicada de várias formas:

• Por máquina;
• Por processo;
• Por turno de trabalho;
• Por especialidade (mecânica, elétrica, tercerizado, lubrificação, etc.)
• Geral (todos os processos). 

Como temos os dados compilados de todas as intervenções de manutenção normalmente via PCM, gerar esses cálculos fica fácil. 

E porque fazer essas mediações em vários formatos? É para que a gestão da manutenção possa entender de todas as maneiras onde esse indicador pode estar sendo afetado. E com base no entendimento desses vários formatos de se medir o indicador, podemos aplicar o FCA – Fato, Causa e Ação. Com isso podemos entender onde estão as falhas da equipe e propor as devidas ações para resolvê-las.

Atenção no resultado do MTTR

É muito comum verificar o resultado do mês do MTTR de acordo com a forma de medição para entender que está melhor que o mês anterior. 

Por exemplo, o MTTR da área de injeção no mês 9 foi de 1:30 horas enquanto do mês 8 foi de 2 horas. Claro que o objetivo desse KPI é quanto menor o resultado melhor, certo? Pois é, às vezes um resultado melhor pode refletir em outro problema que pode passar despercebido. 

Olhando para os resultados citados, é evidente que do mês 9 é melhor pois a manutenção levou em média menos tempo para fazer o reparo. O que pode nos trazer de informação relevante é que , nesse mês 9 tivemos 10 intervenções, enquanto no mês 8 tivemos 8 intervenções. Isso pode nos indicar que alguma máquina está com mais problemas de paradas e por diversas razões possíveis. Por isso é muito importante não olhar para esse indicador isoladamente. 

Quando se tem esse tipo de situação é preciso avaliar essas intervenções com base no tempo e no evento em si. Isso porque o número de eventos (paradas) interfere diretamente no resultado do MTTR. Esse KPI pode ter melhorado simplesmente porque o número de paradas aumentou, e não porque o tempo de intervenção diminuiu, o que não é bom.

Como melhorar o MTTR?

Buscar a eficiência no atendimento a paradas não planejadas é importante para manter a disponibilidade alta dos ativos. Para isso, quando acontece uma parada, o reparo deve ser realizado com qualidade e no menor tempo possível. Para corroborar com essa premissa precisamos melhorar métodos e outros fatores como:

• Mão de obra equilibrada, ou seja, é preciso que o nível de conhecimento e habilidades sejam parelhos. 
• Planos de lubrificação bem elaborados e realizados, isso evita problemas com paradas complicadas que podem gerar muitas horas de reparo.
• Estoques de sobressalentes que efetivamente atendam às necessidades de uma intervenção não planejada.
• Análise de falhas atuante principalmente quando a parada ultrapassa um tempo que consideramos razoável.
• Sistema de comunicação de parada eficiente, a manutenção precisa ser alertada o quanto antes. O ideal é que seja no momento em que o ativo parou, para que se mobilize o reparo devido. 
• Preventiva e preditiva são maneiras de atuar para que as paradas sejam cada vez mais brandas, onde um reparo seja simples e rápido.
• Quadro de profissionais em número adequado para os devidos atendimentos às paradas de máquinas.
• Ferramental adequado e de qualidade para que se desenvolvam adequadamente os reparos necessários. 

Esse KPI, como já mencionado, é fundamental para entender e melhorar a eficiência não só da equipe, mas do setor também. 

Seu uso pode ser potencializado com o auxílio da tecnologia, principalmente com um software de gestão da manutenção que consegue além de monitorar, medir o controle dos indicadores e apontar que há algo errado ali. 

Já que sem controle algum, é impossível saber o real desempenho dos ativos, principalmente quando as falhas poderão acontecer. 

Um desses softwares que auxiliam o dia a dia da manutenção é o TracOS. Nele é possível ter total controle sobre os ativos de uma planta industrial, além do cálculo automático dos indicadores de manutenção, como: MTTR, MTTA, MTBF, disponibilidade, confiabilidade, tempo de funcionamento e outros.  

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