Saiba tudo sobre a gestão de ativos industriais

Em um mercado cada vez mais competitivo, é fundamental pensar na gestão de ativos como ferramenta para melhorar a eficiência técnica e financeira de uma organização. Tanto os ativos tangíveis quanto os intangíveis devem ser levados em consideração neste processo, uma vez que são eles que agregam valor ao negócio como um todo. 

Segundo a ISO 55000, a gestão de ativos industriais compreende o equilíbrio entre custos, riscos, oportunidades e benefícios de desempenho. Em outras palavras, é ela quem auxiliará na tomada de decisões dentro da organização, seja ela estratégica, tática ou mesmo operacional. 

Uma das principais metas de qualquer indústria, no cenário atual, gira em torno de aumentar a produtividade ao mesmo tempo em que reduz custos. Cada redução importa e, por isso, a gestão correta e eficiente de ativos é peça chave nesse processo. Além de descomplicar processos internos, ações estratégicas de gestão evitam paradas na produção e consequentes gastos com manutenção

Toda gestão de ativos requer boas práticas que possibilitem tomadas de decisão assertivas em relação aos investimentos aplicados nos processos de controle e no ciclo de vida de um ativo. A gestão de ativos industriais segue a mesma lógica: é através dela que haverá a otimização operacional, o aumento da disponibilidade das máquinas e, consequentemente, a maximização dos resultados operacionais

Neste artigo, a TRACTIAN vai mostrar a você a importância de um bom plano de manutenção para o gerenciamento de ativos, bem como o papel que a tecnologia exerce como facilitadora nesse processo.

Por que a gestão de ativos industriais é importante?

Como você já sabe, a missão dos profissionais de manutenção é garantir total disponibilidade dos ativos de uma planta industrial. E isso está diretamente relacionado à maior confiabilidade da linha de produção, independente do ramo de atividade que a sua indústria está inserida. 

Hoje em dia, uma das maiores dificuldades do gestor de manutenção é contar com uma gestão eficiente que não cause problemas tanto para o setor administrativo quanto para o setor de produção. 

Por isso, uma boa gestão de ativos é capaz de analisar riscos, avaliar custos, prevenir problemas causados por falhas, gargalos de produção e trazer melhorias no processo de confiabilidade operacional. 

Com a gestão de ativos é possível, então, analisar todo o ciclo de vida de um equipamento, utilizando entendimento técnico, com fundamentos de engenharia ou até mesmo científicos. Isso tudo é feito através da implantação de ferramentas de gestão de manutenção

Por onde começar? Definindo o plano de manutenção

Para uma boa gestão de ativos, é preciso definir bem qual será o plano de manutenção da sua indústria. E qual o objetivo do plano de manutenção? Prevenir a deterioração de desempenho dos ativos em uso, gerenciar os riscos de falhas e garantir a disponibilidade do equipamento.

Nesta etapa, são definidos padrões e especificações de manutenção, como inventário dos ativos, informações sobre desempenho/condições do ativo e os tipos de manutenção a serem adotados.

Um ponto de partida importante é definir o nível de criticidade dos ativos de acordo com as funções que ele desempenha dentro da cadeia produtiva. Assim, é possível ter uma visão geral que facilitará a definição da melhor estratégia de manutenção a ser adotada. 

O método ABC é um recurso muito bem estruturado, que tem como objetivo classificar o grau de importância dos ativos a partir dos critérios de frequência de falhas, nível de dificuldade para a detecção da falha e seu impacto nas operações gerais. 

Na tabela abaixo, é possível visualizar a análise ABC a partir dos seus fatores e critérios de avaliação:

Critérios de avaliação método ABC de criticidade

A partir da tabela, conseguimos identificar que os ativos com criticidade A, por exemplo, são cruciais para o funcionamento de uma planta, ou seja, são os que devem receber todos os recursos para evitar qualquer perda de funcionalidade. Uma vez paralisados, eles não só comprometem a produção, mas podem afetar a segurança e o meio ambiente, aumentando em mais de 20% os custos de manutenção. 

os ativos com criticidade B são aqueles considerados de médio impacto, ou seja, uma possível falha não trará problemas à produção, operação ou segurança. A produção pode até ser parcialmente interrompida, o que aumenta entre 10% e 20% os custos de manutenção. 

Por fim, os ativos classificados com criticidade C são os que geram o menor impacto para a produção, não causando prejuízos significativos. 

É essencial ter em mente que as práticas de manutenção devem ser vistas como um processo dentro da gestão de ativos industriais. Porém, antes delas vem a prevenção da manutenção, que consiste no uso das melhores técnicas de sensoriamento a fim de identificar as condições operacionais de ativos críticos.  

A indústria 4.0 tem um papel importante no que diz respeito à antecipação de potenciais problemas com ativos. Através do uso de sensores de monitoramento e de softwares de manutenção, é possível fazer uma gestão dos ativos em um único lugar, de forma online e mais precisa, já que os software de manutenção permitem uma visibilidade maior e em tempo real da saúde do ativo.

Visualização da plataforma TRACTIAN

O papel da tecnologia na gestão de ativos industriais

Quando falamos em gestão de ativos, a tecnologia é, sem dúvida alguma, uma ferramenta que auxilia na otimização de todo o processo. O uso da tecnologia permite análises qualitativas e quantitativas mais assertivas, o que contribui para uma gestão cada vez mais eficaz. 

Visando equilibrar as operações dentro da indústria, a adoção de um sistema de gestão da manutenção computadorizado é fundamental. O chamado software de gestão CMMS (Computerized Maintenance Management System), ou simplesmente Software de Manutenção, é capaz de facilitar execuções como planejamento, desempenho operacional, controle e produtividade. 

Principais funções de CMMS: substituir itens

O software automatiza as operações e atividades de manutenção, tornando o dia a dia do gestor de manutenção mais fácil ao interpretar dados de forma certeira e indicar a melhor tomada de decisão para determinada anomalia que venha a surgir, sem interferir em uma paralisação da linha de produção. 

Além disso, esse tipo de plataforma reúne ferramentas que possibilitam a visão geral de ativos, emissão de ordens de serviço, relatórios técnicos, entre outros. O CMMS da TRACTIAN, por exemplo, conta com uma interface que, além de intuitiva, fornece informações indispensáveis dos ativos em tempo real, como variação da temperatura, velocidade RMS, vibração e estimativas de gastos de energia.  

Vantagens de uma gestão eficiente de ativos

Depois de entender a importância da implantação de um sistema de gestão de ativos industriais, estabelecer o passo a passo do plano de manutenção e utilizar a tecnologia a seu favor, você certamente conseguirá administrar os ativos de forma eficiente. Dentre as vantagens de uma gestão eficiente, podemos citar:

  • Redução de falhas potenciais;
  • Aumento da produtividade do time e da linha de produção;
  • Gerenciamento assertivo de valor, gestão de risco e responsabilidades;
  • Redução de custos desnecessários na manutenção dos ativos;
  • Aparato para tomada de decisões mais assertivas;
  • Aumento da confiabilidade e seguranã das pessoas e processos;
  • Aumento da reputação da marca/empresa/indústria. 

Quer saber como fazer para utilizar sensores de monitoramento e softwares de manutenção para melhorar o desempenho do seu negócio? Agende uma demonstração com o time da TRACTIAN. 

Alex Vedan

Alex Vedan

Diretor

Industrial Designer pela UNESP. Especialista em projeto de produto com ênfase em tecnologia de fabricação digital, inovação e gestão. Contribuindo na criação de conteúdos relevantes para a indústria. É Sócio e Diretor de Marketing na TRACTIAN.

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