A Curva PF é um gráfico (potential failure curve) e uma das ferramentas mais importantes para um plano de manutenção centrado na confiabilidade. Nele podemos entender a evolução das falhas de máquinas, equipamentos e componentes, além de entender como isso pode ser evitado.
O termo PF é usado para ilustrar onde começa a falha potencial (P) e onde se inicia a falha funcional (F). São nesses momentos, principalmente, que as falhas começam a ser identificáveis e onde é possível intervir antes da quebra.
Ela é ilustrada em um “eixo” horizontal onde mede o tempo e outro “eixo” vertical, que mede o status da condição de um ativo.
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O gráfico acima representa o comportamento de um ativo desde o início de sua operação, até o momento em que ele possa falhar. Ou seja, é onde conseguimos prever a condição de um ativo, com base nas suas falhas.
Em outras palavras, a intenção dele é ilustrar como um ativo tende a gerar uma evolução das falhas. E como a detecção precoce dessa falha, fornece tempo para planejar e programar uma intervenção de manutenção do período entre a falha.
A relação entre Curva PF e a RCM
Ao falar sobre a Curva PF, devemos nos remeter ao relatório da primeira versão da RCM de Nowlan e Heap da United Airlines. Um estudo de 1978 sobre estratégias de manutenção patrocinado pelo Departamento de Defesa dos EUA.
Nesse estudo Nowlan e Heap, concluíram que existem apenas quatro tipos de tarefas em um sistema de manutenção programada. Os profissionais da manutenção podem ser solicitados a:
- Inspecionar um item para detectar uma possível falha.
- Retrabalhar um item antes que a idade máxima permitida seja excedida.
- Substituir um item antes que a idade máxima permitida seja excedida.
- Inspecionar um item para encontrar falhas que já ocorreram, mas não foram identificadas pela equipe de operação do equipamento.
As duas primeiras das quatro tarefas de manutenção definidas no relatório, estavam relacionadas à detecção de uma falha oculta ou uma falha potencial. No geral, se houver uma perda gradual de função, a Curva PF é representativa do modo de falha.
Portanto, entender os estágios possíveis das falhas através da Curva PF, é um fator essencial para definir as estratégias de inspeção e manutenção.
Com isso, o modo de falha pode ser detectado com antecedência evitando a interrupção do processo produtivo. Detectar o modo de falha antecipadamente e, em seguida, agir de acordo com essa informação tem um enorme valor para a organização.
Existem algumas definições que ajudarão qualquer pessoa a entender melhor a Curva PF e seu valor, já que ainda há dúvidas sobre o que ela representa, por isso é fundamental entender alguns conceitos, como:
- Falha oculta: também chamada de falha invisível, corresponde a alterações anormais que gradativamente evoluem até que possam ser detectadas.
- Falha potencial: é uma condição identificável que um nível de degradação de algum item ou componente. Representam um ponto quando o ativo/ componente começa a perder o desempenho da sua função.
- Falha funcional: é a incapacidade de um item (ou do equipamento que o contém) atender um padrão de desempenho especificado/satisfatório. Essa definição nos diz que a falha funcional é uma condição identificável e mensurável.
- Falha total (quebra): último estágio, é onde o ativo já está trabalhando sob condições anormais, agora, se não for corrigido provavelmente haverá uma paralisação.
As duas condições de falha nos estágios oculto e de falha total são distintas, além do primeiro estágio ser de difícil detecção a última ocorre por negligência ou a falta de inspeção.
Agora quando falamos em identificar as falhas potencial e funcional depende basicamente de três fatores:
- Definições claras das funções de um item e como elas se relacionam com o equipamento ou contexto operacional no qual o item é usado;
- Definição clara das condições que constituem uma falha funcional em cada caso; e
- Uma definição clara das condições que indicam: uma falha está prestes a ocorrer.
Curva PF na manutenção: Quais ações tomar?
A curva PF nos mostra a evolução das falhas em seus quatro estágios, mas o tempo desses acontecimentos é difícil de mensurar. Desde o início das operações de um ativo já podem existir as falhas ocultas, e por vários motivos, conforme a curva da banheira nos explica. E sua evolução até a falha total (quebra) vai depender também de outros fatores.
O fato relevante em entender a curva PF de um ativo é encontrar as melhores estratégias de manutenção. E para isso é fundamental usar a metodologia da RCM com a FMEA para entender os modos de falha possíveis desse ativo.
Por isso, aliar sua indústria à tecnologia além de ser uma estratégia inteligente é um diferencial competitivo. O monitoramento somado a uma preditiva bem estruturada, evita quebra repentinas, permite realizar diagnósticos precoces, reparos não planejados, entre outros. Estando assim um passo à frente das falhas.
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