O crescimento e produtividade de qualquer indústria tem relação direta com a gestão dos investimentos nela empregados. Em um ambiente em que é preciso aplicar capital em mão de obra, matéria-prima, equipamentos e logística, é fundamental manter o fluxo de caixa saudável.
Para isso, existem indicadores que ajudam a ter uma visão estratégica dos ganhos e permitem uma análise de que tipo de investimento está trazendo um retorno positivo ao negócio. Dois exemplos de indicadores amplamente utilizados são o ROI e o Payback.
O ROI (Return on Investment, em inglês, ou Retorno sobre Investimento em português), avalia o potencial de rendimento de um negócio, produto ou serviço. Já o Payback diz respeito ao tempo de retorno de um investimento aplicado, ou seja, quando o lucro se iguala ao valor investido.
Mas como fazer para calcular estes indicadores? Antes de mais nada, é preciso entender o que diferencia um do outro. A partir daí, é possível escolher quando aplicá-los para ter uma visão de planejamentos futuros e mais ganhos para a sua indústria.
ROI x Payback
Tanto ROI quanto o Payback são índices que vão ajudá-lo a comparar se o que está sendo investido dentro de uma empresa ou indústria tem gerado frutos. A partir deles, fica mais fácil e clara a tomada de decisões em diversas frentes.
ROI
O ROI , como já dito anteriormente, avalia o retorno sobre o investimento em um negócio. Por meio do seu cálculo, é possível fazer uma previsão para saber se vale ou não investir em um determinado produto ou serviço, uma vez que ele mostrará o retorno em determinado período sobre o valor que foi despendido para tal.
Simplificando, calcula-se a diferença entre o ganho bruto que o projeto trará em determinado período com o custo do investimento, e divide-se este valor pelo mesmo custo do investimento. Em seguida, o valor é convertido para valores percentuais, e obtém-se o ROI:
O ROI sempre deve ser analisado sob uma perspectiva temporal. Ou seja, é preciso escolher o período em que este será calculado. Normalmente, esse período é escolhido de acordo com o tempo durante o qual o projeto trará benefícios.
Por exemplo, vamos supor que determinada ferramenta tenha custo de R$3.000,00 e vida útil de 3 anos. Neste caso, é interessante analisar o ROI ao final deste período e em alguns pontos intermediários, por exemplo, após 1 ou 2 anos. Veja o gráfico abaixo:
Neste exemplo, considera-se que o retorno dado pela ferramenta aumenta progressivamente no tempo. Têm-se então que o ROI é de -80% após 1 ano, de -10% após 2 anos e de 60% ao final do tempo de uso. Ou seja, ao final do projeto, cada 1 real de investimento trouxe 1,60 de retorno.
No site da TRACTIAN, você encontra a calculadora para simplificar o cálculo do ROI. Confira aqui.
PAYBACK
Muitas vezes confundido com o ROI, o Payback tem o objetivo de calcular o tempo que a empresa ou indústria levará para obter um retorno igual ao que foi investido.
Em outras palavras, é o tempo necessário para que, para cada R$1 investido se tenha um retorno do mesmo valor. Desta maneira, é possível saber a partir de que momento o investimento começará a trazer ganhos.
Observe abaixo a fórmula para o cálculo do Payback:
Continuando o exemplo, veja no gráfico abaixo o momento do Payback:
Ou seja, neste exemplo foi necessário 2,2 anos para que os retornos do projeto se igualassem ao custo, e a ferramenta se pagasse. Pode-se perceber também que o momento do Payback é o momento onde o ROI se iguala zero.
A partir do momento do Payback, qualquer valor obtido representa lucro. Para calcularmos o lucro total, basta analisarmos os ganhos após o Payback até o término do projeto.
ROI e Payback em projetos por comodato
Agora que você já entendeu a definição de ROI e Payback, já se perguntou em quais situações esse tipo de cálculo é válido?
Basicamente, estes indicadores são fortes aliados no planejamento de qualquer projeto que você queira implementar na sua indústria.
Assim, este cálculo também pode ser feito para projetos com pagamentos mensais. Como por exemplo: os serviços com ferramentas em comodato, que têm se tornado cada vez mais comuns na indústria por permitirem inícios de projetos mais rápidos e com menos risco às empresas.
Neste caso, os cálculos podem parecer mais complexos se quisermos calculá-los para todo instante, pois dependerão de aproximações matemáticas mais complexas. Porém, podem ser igualmente fáceis se utilizarmos algumas ferramentas simplificadoras.
A principal delas é que deve-se calcular o ROI para períodos de tempo pré-determinados e analisar se neste momento já houve ou não o Payback.
Por exemplo: vamos supor que a nossa ferramenta tenha custo mensal de R$120,00, logo o custo total irá crescer mês a mês, porém começará em patamares bem mais baixos.
Analisando o caso para 3 momentos diferentes, vemos que:
- Após 1 ano, o ROI é de -10% e ainda não houve payback;
- Após 2 anos, o ROI é de 20% e, portanto, já houve payback;
- Após 3 anos, o ROI é de 60% e já houve payback.
Logo, mesmo em projetos com comodato o ROI e o Payback são fortes aliados em justificar ou não um investimento.
Onde aplicar os indicadores no ambiente industrial?
Agora que você já sabe as diferenças entre ROI e payback, vamos analisar em quais momentos os indicadores são úteis para a tomada de decisão na gestão industrial, por meio de projeções e estimativas de ganhos nos negócios.
Investimentos em manutenção
Os cálculos de ROI e Payback são extremamente úteis quando falamos em processos e rotinas de manutenção na indústria. Isso porque por meio dos indicadores é possível avaliar se os ganhos em produtividade, confiabilidade e disponibilidade de ativos são condizentes com os investimentos aplicados nos tipos de manutenção.
Tomemos como exemplo a AmstedMaxion, considerada a maior fundição da América do Sul. Em janeiro de 2021, a empresa investiu no sistema de monitoramento online da TRACTIAN para a implantação da manutenção preditiva em alguns ativos críticos da planta.
Antes do uso da tecnologia, as quebras inesperadas eram recorrentes. Depois do investimento aplicado, o cenário mudou: os insights gerados pela plataforma permitiram a atuação das equipes de manutenção antes mesmo que as falhas acontecessem, diminuindo custos médios de reparo em torno de R$2,5 mil por ativo monitorado, e R$50 de custo/hora parada.
Ou seja, reduzindo os custos de manutenção corretiva, o ROI do sistema de manutenção preditiva foi positivo.
Implementação de novas tecnologias
O uso dos indicadores de ROI e Payback também são determinantes para avaliar a implantação de melhorias dentro de processos industriais. Uma vez que os cálculos proporcionam uma visão clara dos resultados dos investimentos aplicados, os gestores podem avaliar se as estratégias empregadas estão surtindo efeito no dia a dia da empresa ou indústria.
O investimento em novas tecnologias no ambiente industrial é uma constante quando falamos em aumento da disponibilidade e confiabilidade dos ativos, uma vez que o estado de saúde de um equipamento tem influência direta na produtividade de uma planta.
Uma forma de identificar se as ferramentas adotadas pela sua indústria estão sendo eficazes para oferecer o melhor desempenho possível é aplicar os cálculos de ROI e Payback sobre tais investimentos.
O uso dos sensores IoT e do CMMS da TRACTIAN aliam coleta de dados, inteligência artificial e aprendizado de máquina para gerar insights sobre o estado de saúde dos ativos monitorados, fazendo da manutenção preditiva uma ferramenta estratégica dentro do plano de manutenção das indústrias.
Os investimentos aplicados nesse tipo de tecnologia apontam um retorno positivo, uma vez que a predição de falhas evita paradas inesperadas que interferem na linha de produção e demandam gastos não programados com a manutenção corretiva.
Quer saber qual retorno sobre o investimento e o tempo de retorno de investimento que sua indústria pode ter com a solução da TRACTIAN? Converse com um dos nossos especialistas e agende uma demonstração.