Conhecer a condição real de funcionamento de equipamentos na linha de produção faz diferença entre sucesso e prejuízos na manutenção.
Os métodos antigos de monitoramento mecânico que usavam os cinco sentidos, chamado de inspeção sensitiva evoluíram para uso de Inteligência Artificial e Internet das Coisas. Acompanhando consequentemente a evolução da manutenção.
Guia completo sobre monitoramento online de ativos
Uma planta industrial é composta por diversos tipos de máquinas, equipamentos e componentes, sendo alguns deles com alto índice de criticidade.
Já que quando não há o monitoramento correto, a ocorrência de falhas mecânicas pode ser constante, resultando em interrupções na produção, prejuízos, excesso de gastos, entre outros.
É por isso que, no artigo de hoje, vamos te explicar tudo sobre a evolução das técnicas de monitoramento de ativos.
1. Inspeção Sensitiva
Um dos métodos mais antigos e ainda utilizado hoje, a inspeção sensitiva se baseia na expertise do responsável, onde o técnico/ mantenedor utiliza os sentidos para avaliar a condição do ativo.
Para utilizar é necessário direcionar um profissional que conheça toda a planta industrial e os ativos mais críticos. Pelos sentidos, ele irá identificar correias com folgas, barulhos estranhos, excesso de temperatura e outros problemas.
Com a audição é possível identificar em motores elétricos, bombas ou compressores, estalidos, sons de batidas, chocalho, indicando algo anormal no ativo, como: sobrecarga ou peças frouxas.
O olfato é utilizado para perceber odores que indicam anormalidades na operação, como contaminação de óleo lubrificante por gás refrigerante (amônia) ou odor de queimado.
Pelo tato, o excesso de vibração e temperatura elevadas podem ser percebidos, embora não seja recomendado tocar na superfície da máquina pelo risco de lesão.
Já a visão – sentido mais utilizado, podem ser verificados vazamentos, formação de espuma, escurecimento do óleo e outros.
Você deve estar pensando: até o paladar? A resposta é sim, principalmente nas indústrias alimentícias.
2. Estetoscópio Eletrônico
São utilizados para encontrar ruídos em máquinas, como ventiladores e bombas. Esse método é utilizado para o controle de vibração de rolamentos. Por exemplo, quando estão funcionando corretamente, produzem um ruído contínuo. Ou seja, sons irregulares que indicam algo errado ali.
Para que a análise seja feita, o ativo deve estar em funcionamento e o responsável pela tarefa deve conhecer muito bem o maquinário – tê-lo acompanhado por um período é um requisito prévio. Só assim, é possível definir se o ruído apresentado durante o funcionamento é incomum ou não e identificar os problemas:
- Falta de lubrificação ou óleo (o excesso de atrito gera ruído);
- Desbalanceamento;
- Falta de alinhamento entre eixos;
- Elemento de máquina desgastado (comum em rolamentos, engrenagens);
- Folga excessiva entre elementos;
- Choque entre elementos de máquinas.
O estetoscópio inclui um fone de ouvido e um CD com áudio pré-gravado que demonstra os ruídos de máquinas mais encontradas.
3. Coletores manuais
O método mais utilizado no monitoramento offline e também pela indústria, é o coletor de vibração manual.
Com o coletor houve uma evolução de um diagnóstico mais simples em que se avaliava apenas o nível de ruído das máquinas, para uma análise mais complexa em que é possível observar todo o espectro de frequências.
Assim, é possível identificar condições de operação inadequadas com maior assertividade e diagnosticar a falha do equipamento com mais facilidade.
Porém, como as coletas são manuais, existirão as dificuldades relacionadas a esse tipo de execução, como: períodos estabelecidos, onde um técnico que precisa se deslocar até o ativo, fazendo a medição de vibração para velocidade ou deslocamento.
Manutenção preditiva offline e online: qual escolher?
Os dados da coleta são armazenados em memória física interna do equipamento que posteriormente precisam ser transferidos para um computador, onde serão analisados.
Esse processo de coleta, descarregamento e interpretação pode demandar certo tempo da equipe, sem contar que alguns ativos são de difícil acesso.
O método é simples (embora exija uma alta expertise do técnico para analisar os dados coletados), mas é preciso tomar cuidado e planejar a medição com bastante atenção.
4. Sensores IoT
O monitoramento online é definido e realizado por sensores de vibração ou energia, mesclado a uma tecnologia IoT, ciência de dados e inteligência artificial. Somado a um um software que coleta, analisa e depois transforma essas informações em dados, gráficos, que representam o desempenho e a condição do seu ativo.
Como funciona o sensor da TRACTIAN?
Esses sensores já acoplados à máquina faz com que os dados sejam coletados em tempo real, sem exigir deslocamento, tempo ou esforço dos mantenedores e gestores.
Não é necessário se deslocar até o ativo, já que todo processo é automatizado e remoto.
Um modelo são os sensores: Smart Trac, sensor de vibração e temperatura, e o Energy Trac, sensor de energia elétrica. Para seu uso, basta plugá-los ou conectá-los em todos os ativos que serão monitorados, já que possuem base magnética. Além disso, eles têm rede própria, não dependendo do Wi-Fi industrial.
Em seu primeiro acesso, o gestor insere os dados de cada ativo e já inicia o processo de aprendizado dos sensores, assim suas máquinas já começam a ser monitoradas de forma 100% remota.
Os dados são obtidos o tempo todo pelos sensores, armazenados na nuvem e depois, interpretados pela plataforma, que os envia na forma de insights para os mantenedores sobre a condição da máquina. Permitindo que a equipe tome decisões estratégicas facilmente, já que as coletas são feitas diariamente.
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