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Como reduzir custos com CAPEX e OPEX na manutenção

Tempo de leitura: 7 min

Quando se trata de gerenciamento de finanças corporativas, é fundamental entender as diferenças entre CAPEX e OPEX. Estas duas categorias de despesas têm grande impacto no controle e monitoramento de gastos, e são aplicáveis em diversas áreas, incluindo a manutenção

Na indústria, ter controle dos gastos é de suma importância, visto que a garantia de lucros da produção é um dos principais pontos de atenção para todos da empresa. Isso não exclui a manutenção, que lida diretamente com a redução de custos e aproveitamento dos recursos, evitando paradas inesperadas e falhas que podem prejudicar todo o planejamento.

Para gestores de manutenção, é de suma importância entender o que é CAPEX, como calcular, assim como compreender exemplos entre CAPEX e OPEX .

Diferença entre CAPEX e OPEX na manutenção

OPEX e CAPEX são categorias de despesas empresariais que compreendem maneiras diferentes de contratar e adquirir produtos e serviços. Essas categorias são fundamentais para o controle e monitoramento de gastos, garantindo que as finanças corporativas permaneçam em dia.

O CAPEX é normalmente associado a investimentos de longo prazo, enquanto o OPEX está ligado a despesas operacionais de curto prazo. Quando falamos de manutenção, os gastos de CAPEX e OPEX são necessários para garantir a eficiência e produtividade dos equipamentos e instalações.

Os custos de OPEX são associados a gastos cotidianos de uma empresa, como:  salários, despesas de manutenção, energia elétrica, água, materiais de escritório, entre outros. O OPEX pode ser aplicado aos custos de manutenção contínua, como reparos, trocas de peças, lubrificação e limpeza.

Para compreender o que é OPEX, primeiro, é preciso salientar que existem categorias de custos diretos e indiretos. Os custos diretos estão relacionados à manutenção e podem ser controlados, como a folha de pagamento e as peças de reposição. Já os custos indiretos estão relacionados aos resultados das atividades da manutenção, como o lucro cessante.

O CAPEX refere-se aos gastos de capital, ou seja, os investimentos que uma empresa faz em bens de capital, como equipamentos, instalações e infraestrutura. Na manutenção, pode ser aplicado a gastos com a compra de novos equipamentos ou instalações para melhorar ou expandir as capacidades de manutenção da empresa.

O CAPEX não pode ser considerado um custo, pois se o capital não foi desembolsado, isso não impacta na realização das atividades. É um dinheiro para garantir que as atividades sejam realizadas da melhor forma possível: investimentos em treinamento e capacitação da equipe, em sensores de manutenção preditiva para aumentar a confiabilidade dos ativos, etc.

O controle de CAPEX e OPEX na manutenção permite uma visão mais clara do ciclo de vida do ativo, assim como os custos totais acumulados ao longo do tempo. Este tipo de análise permite melhor planejamento e gestão da manutenção. Portanto, CAPEX significa a aquisição de ativos e OPEX, a manutenção dos mesmos.

A aplicação de CAPEX em projetos de manutenção 

Um projeto que será estruturado em CAPEX na manutenção deve ser construído com base em análises críticas e estudos aprofundados, a fim de garantir o pleno funcionamento do negócio.  

É importante prever esses custos e acompanhá-los durante o projeto para garantir benefícios futuros. 

O investimento tem três características básicas: retorno, risco e prazo. Portanto, ao definirmos o investimento na área de manutenção, esses três itens precisam ser muito bem dimensionados e identificados.

Então, existem algumas perguntas que precisam ser feitas: 

1 – Qual o retorno deste investimento? 

2 – Qual o risco e a probabilidade de não sair conforme planejado?

3 – Qual o prazo de retorno deste investimento? 

Um exemplo seria a aquisição de sensores de manutenção preditiva. São um investimento porque diminuem riscos de paradas inesperadas, identificam comportamentos anômalos e permitem a análise de dados dos seus ativos em tempo real. Isso também influencia diretamente na rentabilidade e minimização de chances de erros que podem causar prejuízos futuros.

A escolha entre CAPEX e OPEX pode ser influenciada por vários fatores, como a flexibilidade dos custos e redução das necessidades de financiamento. A terceirização, aluguel de equipamentos e instalações são alternativas que podem reduzir o CAPEX e substituí-lo por OPEX. 

É importante lembrar que a escolha deve levar em consideração os impactos nos custos diretos, custo de oportunidade, operações financeiras e contrato, além de considerar o ciclo de vida do projeto.

Confira a fórmula de CAPEX abaixo:

Cálculo Fórmula CAPEX
Por meio do cálculo de CAPEX, as empresas podem identificar se os seus investimentos estão de acordo com as expectativas ou se representam riscos a curto, médio e longo prazo.

Por meio da cálculo CAPEX, é possível identificar se o setor da manutenção e a empresa estão investindo e proporcionando o crescimento da área, por meio da aquisição de novos equipamentos, assim como pode estar apenas gerindo e mantendo o que já existia, assim como identificar se a falta de investimentos também pode estar promovendo um movimento de dificuldade.

Este tipo de análise é feita por meio do cálculo CAPEX e pode ser também notado por meio do gráfico de CAPEX x OPEX, entendendo as variações de investimentos e suas diferenças.

Para isso, é necessário analisar a viabilidade financeira, payback, riscos e benefícios da gestão de CAPEX na manutenção.

Viabilidade financeira e payback

A viabilidade financeira e o payback são indicadores importantes para avaliar a atratividade de projetos de CAPEX na manutenção.

A viabilidade financeira é um conjunto de análises que tem como objetivo verificar se um projeto de investimento é financeiramente rentável e se está alinhado com os objetivos estratégicos da empresa. 

O payback, por sua vez, é um indicador que mede o tempo necessário para que o projeto gere fluxos de caixa suficientes para recuperar o investimento inicial. Ou seja, o período de tempo que leva para o projeto “se pagar” e começar a gerar lucro para a empresa.

No contexto da manutenção, a viabilidade financeira e o payback são importantes para avaliar a atratividade de projetos de CAPEX que visam melhorar a eficiência, confiabilidade e disponibilidade dos ativos da empresa. Esses projetos podem incluir, por exemplo, a aquisição de novos equipamentos, a modernização de sistemas de controle e monitoramento, e a realização de reformas e melhorias nas instalações.

Um destes exemplos é o investimento já mencionado anteriormente de monitoramento online, especialmente no que tange os retornos (ou o payback) da contratação de uma solução como essa, que já se mostra positiva desde os primeiros meses.

Custos envolvidos e planejamento

Ao planejar um projeto de CAPEX na manutenção, é importante considerar todos os custos envolvidos. De acordo com teóricos da área, existem quatro categorias de custos: pesquisa e desenvolvimento, construção e instalação, operação, manutenção e descarte. Para indústrias de ativos intensivos, como mineradoras e petroquímicas, os custos mais relevantes são os relacionados à operação e manutenção.

Para garantir que tudo saia conforme o esperado, é importante considerar os seguintes pontos: custo de aquisição, custo de detenção, custo de manutenção corretiva, custo de manutenção preventiva e custo de operação. No entanto, os custos de manutenção e operação são os mais importantes e também os mais difíceis de prever ou estimar na prática.

Riscos e como evitá-los

Um projeto de CAPEX na manutenção pode trazer riscos significativos se não for gerenciado adequadamente. Um dos principais é a alocação inadequada de recursos, que pode resultar em gastos excessivos e insuficientes em áreas críticas.

Para minimizar esses riscos, é importante realizar uma avaliação dos mesmos de forma detalhada, considerando diferentes tipos, incluindo riscos de falha física, operacionais, ambientais, falhas externas e riscos associados às diferentes fases do ciclo de vida.

Se você já utiliza algum ERP na manutenção, como SAP, TOTVS ou Oracle, integrá-los a um software de gestão da manutenção permite que você evite os riscos apontados acima. Além disso, você controla de forma clara e em tempo real os investimentos na manutenção.

O controle de custos traz maior autonomia para os gestores e se reflete em melhorias de processos em toda a manutenção, gerando economia e eliminando prejuízos no setor. Com o TracOS™, o software de gestão da manutenção da TRACTIAN, você aplica essas e outras funcionalidades na sua rotina, solicite uma demonstração.

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Sobre o autor:

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Alex Vedan

Especialista em Design Industrial e Projeto de Produto com ênfase em tecnologia de fabricação digital pela UNESP, com mais de uma década em desenvolvimento de conteúdo. É Sócio e Diretor de Marketing e Comunicação na TRACTIAN.

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