Quando se trata de gerenciamento de finanças corporativas, é fundamental entender as diferenças entre CAPEX e OPEX. Estas duas categorias de despesas têm grande impacto no controle e monitoramento de gastos, e são aplicáveis em diversas áreas, incluindo a manutenção.
Na indústria, ter controle dos gastos é de suma importância, visto que a garantia de lucros da produção é um dos principais pontos de atenção para todos da empresa. Isso não exclui a manutenção, que lida diretamente com a redução de custos e aproveitamento dos recursos, evitando paradas inesperadas e falhas que podem prejudicar todo o planejamento.
Para gestores de manutenção, é de suma importância entender o que é CAPEX, como calcular, assim como compreender exemplos entre CAPEX e OPEX .
Diferença entre CAPEX e OPEX na manutenção
OPEX e CAPEX são categorias de despesas empresariais que compreendem maneiras diferentes de contratar e adquirir produtos e serviços. Essas categorias são fundamentais para o controle e monitoramento de gastos, garantindo que as finanças corporativas permaneçam em dia.
O CAPEX é normalmente associado a investimentos de longo prazo, enquanto o OPEX está ligado a despesas operacionais de curto prazo. Quando falamos de manutenção, os gastos de CAPEX e OPEX são necessários para garantir a eficiência e produtividade dos equipamentos e instalações.
Os custos de OPEX são associados a gastos cotidianos de uma empresa, como: salários, despesas de manutenção, energia elétrica, água, materiais de escritório, entre outros. O OPEX pode ser aplicado aos custos de manutenção contínua, como reparos, trocas de peças, lubrificação e limpeza.
Para compreender o que é OPEX, primeiro, é preciso salientar que existem categorias de custos diretos e indiretos. Os custos diretos estão relacionados à manutenção e podem ser controlados, como a folha de pagamento e as peças de reposição. Já os custos indiretos estão relacionados aos resultados das atividades da manutenção, como o lucro cessante.
O CAPEX refere-se aos gastos de capital, ou seja, os investimentos que uma empresa faz em bens de capital, como equipamentos, instalações e infraestrutura. Na manutenção, pode ser aplicado a gastos com a compra de novos equipamentos ou instalações para melhorar ou expandir as capacidades de manutenção da empresa.
O CAPEX não pode ser considerado um custo, pois se o capital não foi desembolsado, isso não impacta na realização das atividades. É um dinheiro para garantir que as atividades sejam realizadas da melhor forma possível: investimentos em treinamento e capacitação da equipe, em sensores de manutenção preditiva para aumentar a confiabilidade dos ativos, etc.
A aplicação de CAPEX em projetos de manutenção
Um projeto que será estruturado em CAPEX na manutenção deve ser construído com base em análises críticas e estudos aprofundados, a fim de garantir o pleno funcionamento do negócio.
É importante prever esses custos e acompanhá-los durante o projeto para garantir benefícios futuros.
O investimento tem três características básicas: retorno, risco e prazo. Portanto, ao definirmos o investimento na área de manutenção, esses três itens precisam ser muito bem dimensionados e identificados.
Então, existem algumas perguntas que precisam ser feitas:
1 – Qual o retorno deste investimento?
2 – Qual o risco e a probabilidade de não sair conforme planejado?
3 – Qual o prazo de retorno deste investimento?
Um exemplo seria a aquisição de sensores de manutenção preditiva. São um investimento porque diminuem riscos de paradas inesperadas, identificam comportamentos anômalos e permitem a análise de dados dos seus ativos em tempo real. Isso também influencia diretamente na rentabilidade e minimização de chances de erros que podem causar prejuízos futuros.
A escolha entre CAPEX e OPEX pode ser influenciada por vários fatores, como a flexibilidade dos custos e redução das necessidades de financiamento. A terceirização, aluguel de equipamentos e instalações são alternativas que podem reduzir o CAPEX e substituí-lo por OPEX.
É importante lembrar que a escolha deve levar em consideração os impactos nos custos diretos, custo de oportunidade, operações financeiras e contrato, além de considerar o ciclo de vida do projeto.
Confira a fórmula de CAPEX abaixo:
Por meio da cálculo CAPEX, é possível identificar se o setor da manutenção e a empresa estão investindo e proporcionando o crescimento da área, por meio da aquisição de novos equipamentos, assim como pode estar apenas gerindo e mantendo o que já existia, assim como identificar se a falta de investimentos também pode estar promovendo um movimento de dificuldade.
Este tipo de análise é feita por meio do cálculo CAPEX e pode ser também notado por meio do gráfico de CAPEX x OPEX, entendendo as variações de investimentos e suas diferenças.
Para isso, é necessário analisar a viabilidade financeira, payback, riscos e benefícios da gestão de CAPEX na manutenção.
Viabilidade financeira e payback
A viabilidade financeira e o payback são indicadores importantes para avaliar a atratividade de projetos de CAPEX na manutenção.
A viabilidade financeira é um conjunto de análises que tem como objetivo verificar se um projeto de investimento é financeiramente rentável e se está alinhado com os objetivos estratégicos da empresa.
O payback, por sua vez, é um indicador que mede o tempo necessário para que o projeto gere fluxos de caixa suficientes para recuperar o investimento inicial. Ou seja, o período de tempo que leva para o projeto “se pagar” e começar a gerar lucro para a empresa.
No contexto da manutenção, a viabilidade financeira e o payback são importantes para avaliar a atratividade de projetos de CAPEX que visam melhorar a eficiência, confiabilidade e disponibilidade dos ativos da empresa. Esses projetos podem incluir, por exemplo, a aquisição de novos equipamentos, a modernização de sistemas de controle e monitoramento, e a realização de reformas e melhorias nas instalações.
Um destes exemplos é o investimento já mencionado anteriormente de monitoramento online, especialmente no que tange os retornos (ou o payback) da contratação de uma solução como essa, que já se mostra positiva desde os primeiros meses.
Custos envolvidos e planejamento
Ao planejar um projeto de CAPEX na manutenção, é importante considerar todos os custos envolvidos. De acordo com teóricos da área, existem quatro categorias de custos: pesquisa e desenvolvimento, construção e instalação, operação, manutenção e descarte. Para indústrias de ativos intensivos, como mineradoras e petroquímicas, os custos mais relevantes são os relacionados à operação e manutenção.
Para garantir que tudo saia conforme o esperado, é importante considerar os seguintes pontos: custo de aquisição, custo de detenção, custo de manutenção corretiva, custo de manutenção preventiva e custo de operação. No entanto, os custos de manutenção e operação são os mais importantes e também os mais difíceis de prever ou estimar na prática.
Riscos e como evitá-los
Um projeto de CAPEX na manutenção pode trazer riscos significativos se não for gerenciado adequadamente. Um dos principais é a alocação inadequada de recursos, que pode resultar em gastos excessivos e insuficientes em áreas críticas.
Para minimizar esses riscos, é importante realizar uma avaliação dos mesmos de forma detalhada, considerando diferentes tipos, incluindo riscos de falha física, operacionais, ambientais, falhas externas e riscos associados às diferentes fases do ciclo de vida.
Se você já utiliza algum ERP na manutenção, como SAP, TOTVS ou Oracle, integrá-los a um software de gestão da manutenção permite que você evite os riscos apontados acima. Além disso, você controla de forma clara e em tempo real os investimentos na manutenção.
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