MTBF – Mean Time Between Failures (Tempo Médio entre Falhas) é um dos importantes indicadores de manutenção industrial. Ele é fundamental para calcular o tempo médio, normalmente em horas, entre uma parada e outra de um ativo.
Muitas pessoas têm dúvidas sobre como calcular o MTBF: é muito simples, é o valor total de horas disponíveis para operação, menos o valor de horas em corretiva dividido pelo número de paradas em corretiva.
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Vejamos um exemplo: uma injetora que produz copos descartáveis trabalhou no mês cerca de 300 horas e teve 4 paradas de corretivas que totalizaram 20 horas de reparos, então temos:
- Horas trabalhadas: 300 horas
- Horas de manutenção corretiva: 20 horas
- Números de eventos (paradas) de corretiva: 4
Aplicando a fórmula temos:
Como podemos notar, é uma equação simples que não deveria em hipótese alguma gerar dúvidas. Além disso, temos que ressaltar que muitos conceitos devem ser entendidos e definidos ao fazer esse cálculo.
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Conceitos a considerar para cálculo do MTBF
A base para esse entendimento vem da metodologia TPM – Gestão Produtiva Total e que vamos esclarecer. A confusão começa a partir de alguns números que devemos considerar para o cálculo, ou seja, as horas efetivamente trabalhadas, o número de falhas ocorridas e o tempo real de reparo. Veja abaixo:
Horas disponíveis
A primeira confusão aparece quando ocorre o cálculo do MTBF, no valor de horas, entre a previsão de horas e horas efetivamente trabalhadas como fator de produtividade. Os dois são conceitos distintos, mas na fórmula deve-se usar exclusivamente as horas trabalhadas.
Horas trabalhadas
Esse termo quer dizer que já foram expurgadas todas as horas que efetivamente a máquina ou equipamento não trabalhou, ficou parado. Aqui são contabilizadas todas aquelas horas que foram previstas, só que com valores exatamente das ocorrências de paradas e não as previsões.
Aqui reside um problema: quando esse número for coletado para realizar os cálculos, é necessário prestar atenção se já foram contabilizadas as horas da corretivas. Se sim, não faz sentido subtrair novamente o valor para o cálculo.
Por isso, lembre-se que é preciso muita atenção, para analisar todos os dados e saber exatamente o que considerar.
Número de falhas, o que considerar?
Aqui temos muitos fatores que precisamos considerar e que devem estar claros para a equipe da manutenção na hora do cálculo do MTBF.
O primeiro passo é definir o que realmente consideramos como falha/quebra. A metodologia TPM considera uma quebra, onde o equipamento fica parado por pelo menos 10 minutos. Abaixo disso, chamamos de pequenas paradas que podem ser contabilizadas separadamente ou mesmo como baixa velocidade.
Outro fator importante para se definir, é que as paradas por conta da corretiva devem ser por problemas efetivamente da manutenção. É fundamental que não se considere paradas por: problemas de quedas de energia, falhas operacionais, baixa qualidade de matéria prima e insumos, etc.
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Tempo total de reparo
Outro fator relevante é como o total de uma parada em corretiva é considerado. Devo considerar o tempo total desde o início da parada até a volta da máquina em ritmo normal de produção? Muitas vezes, isso pode mascarar outro problema. Por exemplo:
Uma máquina parou às 10 horas por problemas elétricos, a Manutenção foi avisada 30 minutos depois, ao se deparar com o reparo precisou de um item, mas perdeu 2 horas aguardando providências do almoxarifado, que não tinha o componente e precisou acionar a área de suprimentos para comprar em caráter de urgência. Só as 14hrs foi possível concluir o reparo e liberar a máquina. Para trinta minutos depois, iniciar a máquina novamente.
Ou seja, desde a parada efetiva da máquina até o seu retorno de produção, foram 4:30h de paralisação.
Agora temos as seguintes perguntas: qual tempo de parada em corretiva devo considerar para o cálculo do MTBF? Esse total de horas são efetivamente de reparo da manutenção?
O reparo só foi realizado 1:30h. Fica evidente que quando consideramos as 4:30h de paralisação total, estaremos penalizando a manutenção, é uma máscara para outros problemas que precisam ser analisados e corrigidos.
O que monitorar usando o MTBF (Tempo Médio Entre Falhas) como indicador?
Outra questão essencial ao usar o MTBF é entender o que melhor se aplica dentro de uma planta industrial. Nesse contexto, normalmente temos vários processos e todos estão sujeitos a falhas/quebras em suas máquinas e/ou equipamentos. Portanto o MTBF de um modo ou de outro será afetado em seu resultado no final do período de medição.
Tipos de manutenção industrial: corretiva, preventiva, preditiva e mais!
A partir do momento que temos os dados de horas trabalhadas, intervenções/paradas de cada ativo e realmente onde ocorreu o problema, o indicador pode ser medido em várias escalas:
- Por máquina;
- Por equipamento;
- Por linha;
- Por setor;
- Por períodos distintos e;
- Por processo.
Atualmente, existem alguns softwares de manutenção preditiva que conseguem calcular automaticamente, por meio de análises e monitoramento online e remoto, os valores e índices já mencionados, e assim, montar um plano de manutenções preventivas assertivo. Porém, quando não há o acompanhamento contínuo do índice, é impossível saber o real desempenho dos ativos, principalmente quando apresentam falhas — o que, consequentemente, prejudica todo o trabalho e a rotina da manutenção, que fica no escuro sem ter métricas fiéis com a realidade dos ativos.
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Um desses softwares de manutenção preditiva é o TracOS™, da TRACTIAN, que traz soluções para o dia a dia das equipes de manutenção, desde a integração com o monitoramento online de ativos, como a gestão da planta, por meio da automatização dos processos, como as ordens de serviço no chão de fábrica.
Quando tange aos Indicadores de Manutenção, o TracOS™ traz muito mais do que apenas o MTBF. Na aba Relatórios, dentro da plataforma, toda a equipe tem acesso a outras métricas, como MTTR, MTTA, Disponibilidade, Confiabilidade, Tempo em Funcionamento e por Status, além dos insights das falhas mais comuns, por exemplo.
Este panorama completo e em tempo real traz uma série de vantagens às equipes, que podem se anteceder e perceber nos detalhes o que precisa ser melhorado ou aquilo que demanda uma atenção mais profunda.
Com um bom indicador MTBF, a sua rotina de manutenção industrial é mais prática e eficiente. Tire suas dúvidas agora com um especialista e agende uma demonstração.